Notícias de 45

É possível que ainda hoje o mundo desenvolvido olhe para a América Latina e enxergue a filosofia de um neonacionalismo atrelada a “políticas de favorecimento de uma distribuição mais ampla da riqueza e do aumento do padrão de vida das classes mais baixas”. Esse nacionalismo econômico é encarado como “o denominador comum das novas aspirações latino-americanas em relação à industrialização”.

Para o Primeiro Mundo, “os latino-americanos estão convencidos de que os primeiros a serem beneficiados pelo aproveitamento dos recursos de um país deveriam ser as pessoas que constituem o povo deste país”. Não se pode dizer que haja alguma coisa de errado nessa afirmativa.

Entretanto, isso é inteiramente contrário aos planos dos países industrializados. Já em fevereiro de 1945, numa conferência internacional, “os Estados Unidos assinalavam, no seu Plano Econômico para as Américas, que o nacionalismo econômico deveria ser extinto sob todas as suas formas. Os primeiros beneficiários dos recursos de um país deveriam ser os EUA e os seus subsidiários locais e não o povo deste país”.

As aspas acima são devidas ao emérito linguista Noam Chomsky, cidadão americano mundialmente conhecido, detentor de cátedra no famoso MIT (Massachusetts Institute of Technology), uma das maiores instituições universitárias em pesquisa no mundo moderno. O que devemos nos perguntar é o que mudou nos dias de hoje em relação aos latino-americanos, já que o texto se reporta à primeira metade do século 20.

Rio, 14/05/2014

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 14/05/2014
Código do texto: T4805815
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.