DEFEITUOSO
Em pleno estado de acanhamento, vamos dissernindo descobertas, elas, por grandes gentilezas trazidas pelas pessoas mais próximas e quem sabe, as mais distantes também.
Visto que, convivendo é a interação complexa, até certo ponto, quando ausentes ficamos pelo estado próprio e inconsciente.
E, somente os alheios para avaliar e impulsionar "quem realmente somos".
De toque a toque, chegam todos os momentos para a conscientização de se olhar para o próprio interior.
Logo, como somos bem queridos, seria o ápice das verdades ao convite das mudanças. Que difícil é a faculdade das mutações! Acreditamos que somente ao longo da vida para se renascer, quando as esperadas melhorias, mais positivas tornam-se um distante avesso.
Chegamos ao ponto de se envergonhar pelos gestos sem nenhuma atitude adulta e inocente. Pensamos que o acordar é o sucesso para novos caminhos e metas.
Gratos ficamos pelo surgimento das gentis pessoas que gravitam direta ou indiretamente junto de nós.
À medida que descobrimos uma plêide de múltiplos, acho até infinitos defeitos, a exemplo periférico "defeituoso revoltado", é o agora para se envergonhar, pois estamos prejudicando, ideferindo, amarrando, destruindo, exigindo, estragando, derrotando... caríssimos indivíduos, os quais , possivelmente estariam abraçando a sua liberdade, privacidade... Numa evidência completa conviver com pessoas repletas de defeitos insatisfaz os anseios, até os mais íntimos, pessoais e sentimentais. Do defeituoso nada se apura, nada se constrói, nada se aproveita, porque ele emite energias não prósperas para o crescimento do alheio, principalmente dos mais próximos.
Deve-se a culpa do afastamento, da distância onde talvez seja as costas voltada para o mundo e à humanidade. A enfermidade do portador somente de defeitos faz com que "este alto defeituoso" não consiga nunca amar, colaborar, ouvir, sugerir, aconselhar, apoiar e prestar honras e tão menos do tudo filantropicamente.
Sonhamos e aplaudimos aquele que somente avalia as suas próprias virtudes sem antes aproveitar algumas apuradas do seu próximo.
Sobretudo estamos no patamar da esperança, estagiando um cotidiano de boas virtudes, porque o bastardo defeituoso sempre deverá estar envergonhado. Ele comumente na espreita de outros mais observadores a atirarem novos e contínuos defeitos, pois ele foi definido oficialmente ser um defeituoso. Perde-se o brilho e a essência de viver, conviver, querer e vencer.
O mal do silêncio, da tristeza, do vazio, da solidão, da perda, do prejuízo, da crítica, do descarte... norteiam horizontes da vergonha, do mal caráter de um infeliz defeituoso, o qual jaz pela sua própria razão. Não lhe cabe o bálsamo salutar de um bem viver.
Mesmo na figura figurante de um "defeituoso envergonhado" sobra-lhe tempo para o reconhecimento, apreço, agradecimento a todos aqueles, que com fidalguia souberam pela convivência avaliar, diagnosticar o "tão somente defeitos" de um envergonhado defeituoso.
Fonte:
Diversso Universo de Crônicas
Autor: Rodolfo Antonio de Gaspari-Roangas-
Imagens:Divulgação