O AMOR NÃO É AZUL
O AMOR NÃO É AZUL
Sabemos, que muitos estudiosos, sempre buscaram uma definição para o amor, como ele se desenvolve, se instala e vai tomando conta em nosso corpo de todos os espaços que o nosso cérebro pode identificar. Mas para estudar o amor se faz necessário, que se tenha esse amor, se viva a cada hora, a cada instante com esse “incômodo substantivo”.
Não há métodos científicos, para se conceituar estas quatro letras que dão alegria e fazem chorar, que produzem o riso ao mesmo tempo em que trazem a tristeza. Que cientista conseguiria parâmetros tão adversos, indicadores tão consistentes para medir com tamanha precisão desvios diferenciados de uma mesma amostra amorosa? Creio que nenhum estudioso por mais tresloucado que possa ser, se embrenharia nessa aventura desventurada.
Quantas vezes ouvimos dizer: ele matou por amor, ela morreu de saudade, eles morreram por falta de amor. Quem ama não mata, quem sente saudade não morre, e por falta de amor não se sucumbe. Vive-se para procurar o amor que não se tem, embora nem sempre se consiga. Entretanto o que mais fazemos na vida é procurar alguém para amar e ser amado.
Sabe-se que os cientistas tentam e não conseguem definir o amor, os tresloucados tentam, mas não asseguram esta façanha. E quem mais, haveria de querer trilhar uma vereda tão íngreme?
Não perguntaria, se não soubesse a resposta. Os poetas, que alem de cientista e tresloucado são poetas. Cantam e decantam o amor, definem, conceituam, sabem tudo desse substantivo. Choram, menosprezam, maltratam e endeusam estas quatro letras que por vezes nos tiram do sério.
Oh! Meus poetas e poetizas, que faríamos nós pobres mortais, sem o alento de vossos poemas, trovas, sonetos, versos e canções, que tanto nos animam a prosseguir nessa viagem de busca quase eterna por esse outro lado nosso, a quem chamamos de amor.
Quantos não nos perguntariam, se essa busca vale a pena. Afirmo-lhes que sim. O homem não nasceu para ser só e nem tão pouco a mulher. Vivam com intensidade, sem conceitos e definições para esse substantivo. Só não esqueçam que o amor não é azul.
Rio de Janeiro, 05/05/2007.
Feitosa dos Santos, A.