Foto de Feitosa dos Santos _ Recantos do Rio
O outono
A natureza é sem dúvida uma dádiva suprema, a sua beleza, as indagações deixadas nas entrelinhas, faz-me compreender que por detrás de tudo isso, há um ser supremo, que age e controla todas as coisas.
Andando pelas ruas percebo as folhas se desprendendo dos galhos e formando um tapete abaixo de suas copas, para dar passagem a mudança e receber a vida que se renova a cada instante.
Bandos de pássaros migratórios, sobrevoam nosso litoral, buscam refúgios para alimentação, e locais adequados para a procriação das espécies. É a natureza desempenhando o seu papel ativamente.
O aspecto cinzento do dia, cá nos trópicos, denotam a mudança do tempo, até pouco tempo claro e reluzente.
Parece-me que até as pessoas, se tornam mais leve e menos apressadas, como se a natureza lhes incutisse a atenção antes desperdiçada. Vejo pessoas paradas como se alheias estivessem, mas sem especulação, creio que no seu íntimo, contemplam o sublime, a natureza esplendorosa.
Ao fazer a limpeza na gaiola do Baltazar, fiquei surpreso, suas penas estão caindo, percebi então que os pássaros também trocam de vestimentas, neste período do ano, renovam sua plumagem, ah! Esqueci de falar, Baltazar é o nome do meu canário da terra, que vive conosco já a doze anos.
Como ele veio parar em nossa casa? Bem certa manhã percebi um canto estridente, lá pro lado da cozinha, minha surpresa foi tamanha, quando vi, o até então canário da terra, hoje Baltazar, pousado sobre o varal de estender roupas, cantando sem parar. Percebi que ele era anilhado, fugiu de algum criadouro, não seria capaz de sobreviver sozinho. Corri comprei uma boa gaiola, comprei comidas, e ele sem cerimônia, adentrou a sua bela casa. Tornou-se o xodó do lar, meu filho mais velho o chama por Pavarotti. Seu canto é maravilhoso.
Baltazar já era amarelinho, quando veio ficar conosco, geralmente esta espécie quando nasce leva 18 meses para amarelar, e vive cerca de trinta anos, nosso Balta vive conosco a 12 anos, ele ainda está forte e bem disposto, creio que ainda terá muitos anos pela frente para compartilharmos.
O outono precisa continuar acontecendo, as folhas precisam continuar caindo, para renascer depois, as pessoas precisam surpreendessem mais e os pássaros carecem de sua roupagem nova, a natureza precisa renovar-se a cada a cada dia, a cada ano, mas para que tudo isso aconteça, necessário se faz, que o homem aprenda a cada dia a surpreender-se com a reação da natureza. Ela nos trata, conforme o tratamento que lhe dispensamos.
Que venham outros outonos, e cada vez mais vou me surpreenderei, com a beleza gratuita que nos é dispensada a cada instante pelo Senhor do universo.
Rio, 22/03/2014
Feitosa dos Santos
O outono
A natureza é sem dúvida uma dádiva suprema, a sua beleza, as indagações deixadas nas entrelinhas, faz-me compreender que por detrás de tudo isso, há um ser supremo, que age e controla todas as coisas.
Andando pelas ruas percebo as folhas se desprendendo dos galhos e formando um tapete abaixo de suas copas, para dar passagem a mudança e receber a vida que se renova a cada instante.
Bandos de pássaros migratórios, sobrevoam nosso litoral, buscam refúgios para alimentação, e locais adequados para a procriação das espécies. É a natureza desempenhando o seu papel ativamente.
O aspecto cinzento do dia, cá nos trópicos, denotam a mudança do tempo, até pouco tempo claro e reluzente.
Parece-me que até as pessoas, se tornam mais leve e menos apressadas, como se a natureza lhes incutisse a atenção antes desperdiçada. Vejo pessoas paradas como se alheias estivessem, mas sem especulação, creio que no seu íntimo, contemplam o sublime, a natureza esplendorosa.
Ao fazer a limpeza na gaiola do Baltazar, fiquei surpreso, suas penas estão caindo, percebi então que os pássaros também trocam de vestimentas, neste período do ano, renovam sua plumagem, ah! Esqueci de falar, Baltazar é o nome do meu canário da terra, que vive conosco já a doze anos.
Como ele veio parar em nossa casa? Bem certa manhã percebi um canto estridente, lá pro lado da cozinha, minha surpresa foi tamanha, quando vi, o até então canário da terra, hoje Baltazar, pousado sobre o varal de estender roupas, cantando sem parar. Percebi que ele era anilhado, fugiu de algum criadouro, não seria capaz de sobreviver sozinho. Corri comprei uma boa gaiola, comprei comidas, e ele sem cerimônia, adentrou a sua bela casa. Tornou-se o xodó do lar, meu filho mais velho o chama por Pavarotti. Seu canto é maravilhoso.
Baltazar já era amarelinho, quando veio ficar conosco, geralmente esta espécie quando nasce leva 18 meses para amarelar, e vive cerca de trinta anos, nosso Balta vive conosco a 12 anos, ele ainda está forte e bem disposto, creio que ainda terá muitos anos pela frente para compartilharmos.
O outono precisa continuar acontecendo, as folhas precisam continuar caindo, para renascer depois, as pessoas precisam surpreendessem mais e os pássaros carecem de sua roupagem nova, a natureza precisa renovar-se a cada a cada dia, a cada ano, mas para que tudo isso aconteça, necessário se faz, que o homem aprenda a cada dia a surpreender-se com a reação da natureza. Ela nos trata, conforme o tratamento que lhe dispensamos.
Que venham outros outonos, e cada vez mais vou me surpreenderei, com a beleza gratuita que nos é dispensada a cada instante pelo Senhor do universo.
Rio, 22/03/2014
Feitosa dos Santos