O ESPIRITO ACADÊMICO
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“Para crescer associe-se aos superiores e uma vez acrescido associe-se aos medianos.”
Com esta frase o Professor Ronan Tales presidente da Academia Bom-despachense de Letras ABDL. Propôs-nos a opinar a respeito do espírito acadêmico.
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Em minha opinião este crescimento deve ocorrer respeitando os princípios que norteia a boa formação social acadêmica. Dentro dos parâmetros fraternais normativos, sem jamais desvirtuar os conceitos doutrinários, que nos foram repassados por nossas raízes, que se fundamentaram na humildade solidaria da fé cristã para construir os pilares sobre os quais está fundido o mais importante espelho capaz de oferecer o indispensável reflexo humano a confraria acadêmica. Que é o núcleo familiar.
Sem a familia não haverá uma base sólida para que o espírito acadêmico cresça literariamente. E sem o contexto do espírito acadêmico não haverá a solidez desta familia à que nos propomos formar. Para que nossa academia seja soberana e respeitada no cenário universal. Temos que doutrinar seu corpo associativo com a dinâmica do compartilhamento solidário.
Não é por acaso que as grandes revoluções intelectuais e sociais têm tido forte respaldo nos pólos universitários. Onde se junta à paixão pelo humanismo a sede de conhecimento, e o entusiasmo pela literatura. Donde surge o espírito acadêmico? Será do ânimo compartilhado de um grupo de pessoas que tem sede na descoberta intelectual em todos os níveis? Ou no conhecimento humano, daqueles que nos cercam, da sua arte, e formas de se expressar. Em fim do mundo das ciências?
Tudo isso pressupõe disponibilidade, vontade e entrega. Há muita energia nesta juventude, com seu entusiasmo e sua sede de conhecimento, procurando inovar cada vez mais, com suas formas visionadas na modernidade. Enquanto na maturidade, nos preocupados com o estado de espírito acadêmico, apegados às formas antigas tentando reviver as tradições. Não haverá solidez no espírito acadêmico sem que seu corpo legionário passe por uma metamorfose para legitimar o objetivo em voar mais alto!
Assim como uma borboleta sofre uma transformação metafórica para atingir sua maturidade e alçar vou, nossa academia também preocupada com o espírito acadêmico poderá seguir este ritual de transformação.
São três, as etapas de transformação. Aliás, no caso da ABDL, já passamos pela primeira, a mais difícil, a fase na ninfa que nasceu de um sonho da alma carregada de idéias, e o desejo de existir. A segunda é a atual que estamos vivenciando, a fase da crisálida, preparando-nos para criar um corpo com a forma física necessária para suportar sua ultima transformação, ou seja, a vida em borboleta, que uma vez dotada deste corpo físico e incorporada
Pelo espírito acadêmico poderá alçar vou e deixar o vento da literatura conduzi-la aos quatro cantos do universo através do dom literário de cada poeta e escritor que compõe a nossa ABDL.
E que Deus haverá de abençoar.
”Muitos de nós estão preocupados com o espírito acadêmico na ABDL. Não nos gastemos em reviver as tradições de antigas formas. Preocupemo-nos, isso sim, em formar consciência de grupo, em conscientizar vontades comuns, não importa se inovadoras sejam. o resto virá, naturalmente pelas asas da curiosidade do passado que ficou na historia. O espírito acadêmico não se impõe por decreto ou por receita, não se compra em drogaria nem na feira, ele se cria através da união solidária, cujo pensamento deve estar sempre em comunhão com a doutrina de uma literatura compartilhada!

 
Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 18/03/2014
Reeditado em 18/03/2014
Código do texto: T4733532
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