Não existe nada tão ruim que não possa ser piorado
Diz o dito popular que “não existe nada tão ruim que não possa piorar”; tomei conhecimento de que os advogados da quadrilha formada por mensaleiros que por ora hospedam-se no presídio da Papuda, em Brasília, já têm um plano para livrá-los de vez da cadeia.
Eles vão esperar que o ministro Joaquim Barbosa deixe o Supremo Tribunal Federal para entrar com um recurso descaracterizando, por completo, inclusive, o crime de caixa dois. Dessa forma, ninguém vai pra cadeia.
A manobra pérfida será possível, pois, após cumprir o mandato de presidente do Supremo o ministro Joaquim Barbosa vai se aposentar. Livres da figura impoluta de Barbosa, a quadrilha, cujo chefe não foi nem mesmo indiciado, pretende se livrar das garras da lei.
Acreditam os advogados que se o ministro Barbosa estiver fora do Supremo, nada nem ninguém poderá impedir esta manobra. Como o rato chefe está livre, certamente manuseará seus apadrinhados no STF.
Quando a Justiça fica a serviço de um partido que está no poder, inocentando criminosos já condenados, nada mais resta de democracia. Quando a oposição se cala e o povo esclarecido fica apático ante tal barbaridade, estamos passivamente aceitando uma nova forma de ditadura.
Quanta falsidade, quanta mentira quanta canalhice ainda teremos que suportar, sentir e sofrer, até que a indignação nos traga de volta a vergonha, a autoestima e a própria dignidade?
No STF impera a fogueira das vaidades; vai muito além do limite razoável e está comprometendo o discernimento de boa parte dos ministros. A tevê fez muito mal à Suprema Corte. Poucas vezes os ministros opinam com tanta razão como quando falam mal uns dos outros. Agem como se fossem astros televisivos.
Em suma: decidem como querem, sem respeito a ninguém, ao povo brasileiro, à Constituição Brasileira ou à ordem social. Chegam ao cúmulo de extrapolar manifesta e confessadamente as suas competências; o Supremo se tornou uma casa de fazer destino e tem a missão de arejar os costumes, mudar paradigmas e inaugurar eras na sociedade.
Os brasileiros estão aceitando passivamente essas atitudes evidentemente tirânicas que ainda têm o escárnio de se apresentar como se fosse legítimo exercício de democracia.
São inimigos do povo, agindo em prol de interesses escusos e na contramão da vontade da população brasileira. Tudo sob a batuta do governo. Se antes o faziam às escondidas, agora já o confessam sem ter pejo, inebriados pelo poder e impunidade do cargo que ocupam – de onde se julgam deuses que não devem prestar contas a ninguém. Não são dignos da elevada posição que lhes foi confiada, que deveria servir à manutenção da ordem social e não à sua destruição. Com decisões indecorosas que cobrem de infâmia a nossa Pátria e são, na verdade, uma nódoa imunda que passará à história como a vergonha do Brasil.
O Supremo Tribunal Federal antes respeitado e motivo de orgulho dos brasileiros tornou-se hoje uma casa onde já não impera o comprometimento, onde alguns membros já não tem credibilidade, são marionetes do governo.
O dramático alerta à Nação feita pelo ministro Joaquim Barbosa no STF é, no mínimo, assustador. Fica clara a preocupação com um possível pesadelo a recair sobre nosso povo caso o grupo que conduz os destinos do Brasil, aparelhando e desafiando o Judiciário, tentando controlar sem sutilezas outras instituições, consiga implantar aqui, por muitos anos, um governo absolutista e totalitário. Sem querer ser pessimista, só me resta a pergunta: quem poderá salvar o meu Brasil desse futuro tenebroso que se avizinha na linha do horizonte pátrio?