"Socialismo", mentira capital
“E procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado; para que andeis honestamente para com os que estão de fora, e não necessiteis de coisa alguma.” I Tess 4; 11 e 12
Num contexto onde exorta crentes de Tessalônica à santidade e amor fraternal, Paulo acresce as instruções supra. Recomenda a sóbria postura do que não se intromete em coisas alheias e diligência no trabalho. As consequências, disse, seriam um andar honesto e o desfrute da necessária provisão às demandas da vida.
O trabalho, entretanto, apesar de ser uma bênção, não é buscado por todos, dado que, há os que preferem outras formas de “bênçãos”. Na verdade não se omitem aos “trabalhos” que acionariam uma entidade qualquer que lhes “abra as portas” como fazem os que depositam seus despachos nas esquinas, bem como os “macumbeiros góspeis” com suas “sementes de fé” “fogueiras santas” e assemelhados. Outros esperam na fila das benesses oficiais como seguro desemprego, Bolsa Família e afins, mesmo podendo galgar degraus melhores.
Ora, o que nos abre portas é preparo e disposição para trabalhar. Salomão foi incisivo em seus escritos; “Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono? Um pouco a dormir, um pouco a tosquenejar; um pouco a repousar de braços cruzados; assim sobrevirá a tua pobreza como o meliante, e a tua necessidade como um homem armado.” Prov 6; 9 a 11 “Mais sábio é o preguiçoso a seus próprios olhos do que sete homens que respondem bem.” Prov 26; 16 etc.
Acontece que a ideologia “bolivariana” que grassa na América do Sul tem maldito a riqueza e canonizado o assistencialismo como se pobreza fosse virtude e riqueza, defeito. Ora, salvo fortunas de origem desonesta e pobreza por absoluta falta de oportunidade, o resto é mera consequência.
A Justiça Divina atenta exatamente a isso; diverso da visão “socialista” que se ocupa de tirar de uns e amontoar a outros, passando por alto aos caminhos que cada um trilha. Da “partilha” Divina, ensina Paulo: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.” Gál 6; 7
Natural que ambição de progresso por meio honesto enseje o empreendedorismo; esse, aqueça os meios de produção incentivando mediante lucro, seus agentes. Por outro lado, o assistencialismo dos que têm potencial produtivo além de tolher os frutos de eventual inserção dos tais no mercado de trabalho, ainda lhes faculta consumir, mesmo em escala menor, sem nada gerar.
Esse viés da economia canhota além de espantar investidores que buscam mercados mais promissores estimula a vagabundagem de potencial mão de obra. Como bens são fruto do trabalho e esse não é estimulado, a primeira consequência do “socialismo” é desabastecimento.
Quem não lembra da falência da União Soviética, Alemanha Oriental, Romênia, e demais países europeus que adotaram tal sistema? Acaso não estão patentes as situações de Cuba e Venezuela também?
Se histórica e notadamente tal sistema empobrece nações e vilipendia o povo, por que é estimulado ainda, mesmo no Brasil? Porque quanto aos meios é barato; basta o marketing, a mentira; quanto aos fins, enriquece seus proponentes, os líderes.
Assim, não se trata de uma ideologia social, apesar do nome, antes, manipulação social em prol do Capital acumulado de meia dúzia de safados corruptos e mentirosos.
Entretanto, como diz certo ditado que, se o elefante soubesse a própria força seria dono do circo, o elefante que esses “democratas” domam não pode saber. Aí, chegamos à segunda consequência: Supressão da liberdade de imprensa. Afinal, esses xeretas, os repórteres, contam quando “socialistas” desviam sua rota para uma noite bem capitalista em Portugal, por exemplo.
Agora, por ocasião dos conflitos na Venezuela, os “Bolivarianos” da OEA recusaram a participação dos Estados Unidos, que tornaria “parcial” a mediação. Ora, recusar a proposta de mediação isenta como fizeram os americanos, com vez e voz ao governo e oposição, não é precisamente isso ser parcial? O Governo do Brasil, para vergonha nossa, está metido nisso até o pescoço.
Mas, como a consequência do plantio é a colheita, aos olhos de Deus, esses “libertários” não perdem por esperar. Afinal, se é certo que a extrema pobreza e falta de oportunidades carece mesmo ser assistida, usar isso como método à corrupção e perpetuação no poder, anula o mérito inicial da ação, poluindo-a.
Ademais, com o advento da Internet, não é mais factível o sonho desses, de amordaçar a verdade. Cheia está a rede de vídeos postados por estudantes venezuelanos revelando o que ocorre. A aboboreira da mentira à sombra da qual muitos “Jonas” se abrigam começa a murchar, pelo calor do Sol da Justiça.