QUER SABER? EU TIRO O CHAPÉU PARA MIM MESMO!

Sábado, 22 de Fevereiro de 2014

QUER SABER? EU TIRO O CHAPÉU PARA MIM MESMO!

A televisão apresenta um quadro chamado "Pra Quem Você tira o chapéu? Já é um quadro muito antigo e é apresentado no programa do Raul Gil, aos sábados no SBT.

E depois de ver, ouvir, ler e viver (não necessariamente nessa ordem) tudo o que já se passou nessa minha vida já sessentona, resolvi homenagear-me. Sim, tirei e vou tirar o chapéu para mim mesmo, sempre.

E por que cheguei a essa decisão? Muito simples. Depois de tudo o que aconteceu, acontece e ainda acontecerá nesse nosso mundo, Não há como agir de outra forma. E mesmo que me classifiquem como presunçoso, pretensioso e até arrogante, tomarei tal atitude, sim!

Desde menino sempre fui orientado para seguir pelos bons caminhos. Tive uma educação muito eficaz por parte dos meus pais. E conforme ia vivendo, por sorte, deparava-me com pessoas mais velhas que me aconselhavam e orientavam para seguir por caminhos do bem. E assim fiz. Adquirindo uma personalidade arraigada em tudo o que pudesse representar dignidade, probidade, correção e caráter ilibado.

O inconveniente nisso tudo foi encontrar pela vida e pelo mundo, muita gente fora dessas premissas. E é (ou foi) aí que o bicho pegou, como se diz popular e vulgarmente. A luta é frequente e constante. E é feroz. Do que já vi, ouvi, li e vivi, repito, uma grande parte da sociedade está fora do eixo, seja lá o que isso queira dizer mas todos o devem muito bem saber, é claro.

Num outro artigo, já descrevi um certo tipo de comportamento nas pessoas nesses tempos modernos. Sem querer apresentar um grau de pessimismo acentuado, mas já o apresentando, tenho a convicção de que mais da metade da população brasileira incorre em atos não muito corretos, buscando tirar vantagem de tudo, sempre que puderem.

Então, digamos que existem três tipos de pessoas que estão direta ou indiretamente ligadas às mazelas coletivas brasileira: As que agem mal, as que se omitem e não contrariam as coisas erradas e as que usufruem delas, sem agir ou se omitir. Esse último caso deve ser o mais interessante deles.

E assim é o que temos aí ao nosso dispor em nosso cotidiano. E pelo andar da carruagem, nem tão cedo as coisas irão mudar. As mazelas já estão tão arraigadas no espírito e na alma das pessoas, que fica ou ficará difícil imaginar-se que tudo entrará no tal do "eixo". E eu, que não sou nem burro e nem maluco, não cairei na tolice de esperar que algo vá melhorar nessa situação.

Como já dito em outro artigo neste mesmo espaço, só vejo uma alternativa: preparar-se para todo o tipo de coisa que teremos ou temos que enfrentar no nosso dia a dia. O restante é rezar ou torcer para que o astral nos proteja.

E, para quem como eu, já alcançou uma existência sessentona nessa vida, só pode ser considerado um fenômeno, por chegar a esse ponto livre de tudo o que possa se arrepender em se tratando de más ações. E é por isso que tiro o chapéu para mim mesmo. E estamos conversados.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 23/02/2014
Reeditado em 17/02/2021
Código do texto: T4702711
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