Nossa suposta corrupção
“… A Urias, o heteu, … mataste com a espada dos filhos de Amom.” II Sam 12; 9
Se, em nossa sociedade de tantas injustiças, os culpados, na maior parte das vezes safam-se, ante o Eterno será diferente. No texto supra temos a sentença contra o Rei Davi, provinda de Deus mediante o profeta Natã; adulteraste e mataste com a espada dos filhos de Amom.
Se a coisa fosse divulgada no Jornal Nacional, por exemplo, Davi seria mero “suspeito” e seus crimes, “supostos” dados os melindres da moda. As leis humanas no pretexto de preservar direitos acabam facultando impunidade.
Por exemplo: A quem interessa o direito de ficar calado? Suponhamos que o alvo de uma abordagem investigativa seja você, leitor. De duas hipótese uma é necessária: Você é culpado ou inocente. Caso seja inocente, por que ficaria calado? Não seria de seu pleno interesse defender-se de algo injusto, ou, calunioso que pesaria sobre você? Caso fosse culpado seria interesse coletivo que a culpa fosse punida; aí, abriria, a sociedade, mão de um interesse maior em prol da proteção a alguém que agiu à sua margem? Embora soe insensato é o que acontece.
Mas, se um acusado qualquer recusar a falar? Apela-se pra tortura? Não. Porém, ao invés de oferecer direitos no ato da prisão seriam alistados deveres; tens contra ti um reclame social que demanda que fales segundo a verdade; caso decidas não fazê-lo, o Estado dá-se ao direito da presunção de culpa.
Quantas sessões de CPIs se revelaram inúteis, pois, ante um colegiado inquisitor o réu decidiu nada responder desrespeitando a comissão; em última análise, a sociedade. Mas, nosso bravo Congresso Nacional nunca aprovaria algo assim. É preciso têmpera moral para ser ousado nas coisas da justiça; numa linguagem vulgar, diria que é preciso ter “saco roxo”, e eles não têm.
Voltando ao incidente infeliz de Davi, ele não matou diretamente a Urias; para desposar à viúva “honestamente” ele ordenou ao capitão Joabe que expusesse o bravo a uma situação de grande perigo e retirasse a cobertura, facilitando, assim, sua morte. Não houve suspeita de suposto crime do rei, antes, o juízo Divino foi categórico: “Mataste com a espada dos filhos de Amom.”
Nossa sociedade chegou a um grau de putrefação moral, tal, que a maioria nem se indigna mais contra a corrupção; uns admiram, outros até invejam aos grandes corruptos que seguem impunes.
Contudo, sempre que alguém morre em decorrência de um déficit de serviço público, no atendimento à saúde, na conservação de estradas, etc. os que desviaram dinheiro para outros fins, têm sua parcela no sangue derramado.
Diluição de culpa, álibi forjado ou verossimilhança matreira nada valem no Eterno tribunal. O Promotor de Justiça é Excelso, o Juiz, Justo e Onisciente; a testemunha jura dizer a verdade, tão somente a verdade, nada mais que a verdade, e cumpre; pois, a consciência não sabe mentir.
Enfim, os pleitos humanos, em sua grande maioria fedem, uma vez que cantam num lugar quando o ninho é noutro, como algumas aves. Certos baderneiros bem conhecidos da praça, encabeçaram o tal “movimento passe livre”, onde reivindicavam gratuidade no transporte coletivo. Agora, em Porto Alegre, os mesmos arruaceiros de Sempre, CUT, PSTU, PSOL, PCO e sindicatos que eles dominam, prejudicam um milhão de pessoas. Uma solução ventilada é certo reajuste tarifário para cumprir as exigências feitas. Assim, ora pleiteiam passe livre; outra, induzem ao aumento das passagens descumprindo até ordens judiciais. Seu fim é a desordem, qualquer pretexto serve.
Desde que os “bolivarianos” estão no poder, a democracia contraiu um câncer mortal. Invés de ser um sistema onde prepondera a vontade da maioria, respeitando, incluindo, minorias, se dá o contrário. As minorias se colocam acima da lei; sejam sindicatos, índios, quilombolas, homossexuais, abortistas, etc. Pior, faltam políticos com sangue nos olhos pra dar nomes aos bois.
Parece que contrariar a esses párias equivale à ditadura, repressão; como se, repressão fosse em si, um mal. Depende do contexto, de quê se está reprimindo.
Um governo que se dá ao direito de perdoar a dívida das nações africanas e investir um bilhão na ilha prisão de Cuba, trata o Erário como se fosse um bem do partido da Papuda, não patrimônio social. Gaba-se ainda de ter trazido milhões de pessoas para a classe média; mas, o fizeram passando a considerar assim, quem ganha acima de 291, reais. É só baixar o limite um pouco mais, e trazem todos.
Minha oração é para que todo esse lixo e mais, venha a lume antes da próxima eleição. Pois, sem a intervenção Divina, o suposto Governo será mero suspeito de corrupção; coisa que a magia do marketing se encarregará de deixar acima de qualquer suspeita.