O Banco Brasileiro
Não existe um banco em que se possa confiar. Nenhum banco de varejo no estado brasileiro, incluindo-se o Banco do Brasil, tem condições de contar com a credibilidade da população. Suas propagandas são mentirosas, falsas, enganosas. O tempo de permanência nas intermináveis filas jamais é respeitado. Os boxes dos caixas, quando muito com cinco espaços, normalmente são ocupados por dois funcionários. Que eventualmente vão lá pra dentro e se perdem. O que faz com que as filas se alonguem. A fila dos idosos nem sempre é respeitada. O funcionário que a atende de repente pode sumir também.
Não existe em geral um gerente geral da agência a que se possa recorrer. Na medida em que cada correntista tem um gerente. Quando todo mundo manda, na verdade ninguém dirige. Até porque esses gerentes individuais não são mais que meros funcionários que se reportam ao comando central do banco. A que nunca temos acesso. Nem nos JEC’s (Juizados Especiais Cíveis), onde a direção do banco se faz representar por seus vários advogados. Enquanto você entra, em princípio, sem nenhum, dependendo do valor da causa.
Mas o banco se mostra realmente eficiente é no que beneficia o banqueiro – na cobrança de taxas. Taxa para tirar uma cópia de um extrato; de um cheque devolvido; taxa de manutenção mensal da conta por você não ter depósitos na instituição no valor de R$ 80 mil reais, por exemplo; taxa para se fazer um DOC, e muitas outras. Tudo com a anuência, autorização e amparo do Banco Central. Que, a exemplo das Agências Nacionais, nada faz para proteger ou salvaguardar os direitos dos contribuintes.
E, para culminar, quando apesar de tudo isso o banco se apresenta com déficits irremovíveis ou outras dificuldades financeiras, surge o Tesouro Nacional para socorrê-lo. Obviamente com o dinheiro do povo. Uma piada indecente.
Corrijam-me, por favor. Daria tudo para estar redondamente enganado.
Rio, 15/01/2014