IR E VIR – UM DIREITO.
“O problema do direito de ir e vir é que
tem sempre um chato que teima em ficar.”
(Millor Ferrnandes)
Um dos preceitos da nossa já decadente Constituição, é o do direito de ir e vir.
A todo o cidadão brasileiro é garantida a livre locomoção, tanto no território pátrio, como no exterior, satisfeitas, neste caso, as exigências consulares e a segurança nacional..
Num país de economia estável e forte, esse direito é, tranquilamente, satisfeito. Mesmo porque, quase sempre, as entradas compensam as saídas...e sobra um monte de troco!
Porém, em nações, mesmo as consideradas “emergentes”, como a nossa, a conta, inapelavelmente, é deficitária, ou seja: a evasão de divisas supera, em muito, a receita com o turismo.
O Brasil vem gastando BILHÕES de dólares com seu turismo externo, o que, para nós, é um despautério e não podemos permanecer nessa situação, mormente agora que os Estados Unidos, apanhados no contrapé no caso da espionagem a nível mundial e o episódio da compra dos caças suecos, ameaçam retaliar com os embargos tradicionais, mas, matreiramente, facilitam a obtenção dos vistos para viagens ao seu país, porque, evidentemente, a receita lhes interessa...e muito!
O governo brasileiro, muito oportunamente, houve por bem taxar os saques e cartões internacionais, aumentando o percentual do IOF de 0,38 para 6,38% , como forma de, pelo menos, diminuir esse gasto brutal.
Louvável iniciativa!
Falta, agora, estimular o turismo interno; fazê-lo chegar a patamar adequado e vantajoso, o que, certamente, não ocorre hoje.
Um pacote para o nordeste está custando 4 VEZES MAIS do que para o circuito N.York, Miami e Orlando !
Então, quem vai preferir Pernambuco, Bahia, Ceará etc ? Claro que ninguém.
Acho que, para complementar a decisão do governo tentando resguardar nossa economia, tem ele que, URGENTEMENTE, convocar as agências de turismo e os setores hoteleiro e aeroviário, talvez conceder-lhes algum tipo de incentivo para que as suas tarifas alcancem níveis compatíveis com as vantagens oferecidas pelas agências estrangeiras. E não me venham dizer que os altos preços estão ligados às nossas dimensões continentais, pois essa desculpa já está esfarrapada.
O nosso turismo interno só se salvará quando o custo de uma viagem for MENOR do que a ida ao exterior. Difícil é, mas não impossível!
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(dedicado a todos os “globe trotters” tupiniquins.
(foto Internet)