JOÃOZINHO NEO-NUDISTA
JOÃOZINHO NEO-NUDISTA
Joãozinho, molecote, adolescente, 13 anos. Augusto, 28, irmão mais velho, morou dois anos em Nova York, professor particular de inglês. Moravam com sua mãe em uma casa de muro baixo, no Santo Antônio – bons tempos, quando não existia nem cerca elétrica.
No café da manhã Augusto anunciou à família que receberia um aluno cego – naquela época não existia deficiente visual. Joãozinho nunca tinha visto cego, era um acontecimento. E o moço ainda era inteligente, estudava inglês, era formado em Direito!
Eis que, pontualmente, às quinze horas, chega o inusitado visitante. Joãozinho no seu quarto, de ouvido em pé. Augusto recebe o visitante, rumam para copa, onde ele ministrava suas aulas de conversação.
Cinco minutos de aula, Joãozinho passa pela copa só de ceroulas. Algo incomum, pois Joãozinho, apesar do “inho”, já não era tão molecote assim. Augusto ignorou e a aula continuou. Vinte minutos depois, Joãozinho entra novamente na copa, para, se aproxima do visitante e de costas desce a ceroula até o joelho. Augusto olha com reprovação, mas o moleque corre para a o seu quarto.
Dez minutos depois o visitante vai embora, Augusto pega o neo-nudista pela orelha e diz: ele é cego Joãozinho, mas é cego de um olho só!