A Falsa Felcidade do Natal. O Espírito Natalino e Capitalista
Natal é a data para cumprir metas no comércio, indústrias e serviços. Atingir os valores econômicos na certeza de bater os recordes em relação ao ano anterior.
Natal é ideia desfocada pelos serviços midiáticos com o slogan de que a felicidade está em suas mãos e difunde-se a vertente subliminar de que a felicidade está intrinsicamente vinculada à aquisição de produtos como tablets, smartphones, óculos caros, celulares de altíssimo valor, roupas, etc., e assim, fica a impressão (falsa) de que, quem não pode comprar, também não será feliz, ainda que a pessoa tenha tudo aquilo de que necessite para viver bem.
Natal é data para realimentar as bases do sistema capitalista, que tem como objetivo primordial o consumo, na maioria das vezes, sem uma prévia previsão e organização financeira familiar. Com isso, os cartões de crédito são úteis, posto que, a parcela é pequena, cabe no bolso e aposteriori o resultado em diversas circunstâncias é a inadimplência e uma felicidade superficial.
Natal é você ir ao mercado e no caixa, a moça lhe oferece produtos que você não precisa, mas a funcionária tem metas para cumprir, uma vez que, caso cumpra, concorrerá entre as demais atendentes, uma cesta básica no valor de cinquenta reais, ou seja, é a empresa preocupada com seus colaboradores.
Natal é momento de trânsitos caóticos a contribuírem na poluição sonora, desestabilização do sistema nervoso ou exercício de cristianismo, amar o outro como a si mesmo.
Natal é alavancar a produção de bens e serviços.
Natal é renovar o guarda-roupa a permitir-se e claro doar o que não é útil aos pobres, afinal, natal é uma oportunidade de ajudar o outro, já que foi possível comprar uma roupa de marca, não custa nada desfazer de uma roupa de menor valor que está parada.
O espírito natalino é lindo, já defendia alguns idosos.
Natal já há algum tempo mais remoto, ouvia-se dizer que era o nascimento de Cristo, reunir os familiares não para brigarem no momento da refeição, de beber civilizadamente e não embriagar-se a ponto de matar a si e ao próximo.
Natal talvez seria uma data para se pensar no verdadeiro sentido atualmente ocultado-se pelas inúmeras parcelas no cartão de crédito.
Qual é o sentido?
Afinal, a economia brasileira está em ótimas condições.
Faz sentido?
Será?
Feliz Natal!