O Mundo dos Lobos.

O Mundo dos lobos.

Homo sapiens.

Até chegar ao homo sapiens.

Ele sofreu vários mecanismos.

De evolução.

Tanto do mundo biológico.

Como químico.

Superou centenas de etapas de elos.

Finalmente para ser o homo sapiens.

Em todas as etapas inferiores.

O seu cérebro.

Teve desenvolvimento diferenciado.

Mas quando.

O homo transforma em bípede.

Ao andar de forma ereta.

Isso possibilitou ao surgimento.

Da linguagem.

Como também das cordas vocais.

Esse fenômeno é tipicamente.

Do homo sapiens bípede.

Ao lado desses três fatos.

Biologicamente históricos.

Surgiu um quarto acontecimento.

O cérebro cresceu muito.

E superou área inferior do córtex.

Possibilitando um cérebro.

Neuronicamente com duas divisões.

A inferior ao mundo do córtex.

Determina-se pela vida do instinto humano.

Tudo que relaciona ao instinto.

Funciona por um mecanismo sem racionalidade.

É a mais absoluta defesa da espécie.

Comer é intinto.

Sexo é instinto.

Bem estar é instinto.

A luta pela defesa da sobrevivência.

É instinto.

Com desenvolvimento do cérebro.

A parte superior do córtex.

Criou se por meio da linguagem.

Outro modo do homem ser.

Que não seja apenas a relação.

Com o mundo do instinto animal.

Essa outra dimensão do cérebro.

A parte racional.

É a parte perigosa do referido.

Porque é parte enganosa.

Mentirosa.

Ela instrumentalizou o instinto sofisticadamente.

Até quando ela parece ser boa.

O objetivo é dissimular-se.

Racionalmente.

As duas partes se relacionam.

O mundo do instinto e o mundo racional.

Esse mecanismo funciona em todos os homens.

Do mesmo modo.

Com um único objetivo.

Fazer o outro homem ser sua presa.

Ficar sobre seu domínio.

Ser de certo modo o seu escravo.

Mais drasticamente a sua pastagem.

Modernamente o homem.

Tenta fazer do outro o seu servo.

Como era na sociedade Feudal.

Usando como instrumento o Estado.

Como se a instituição fosse o mecanismo.

Civilizatório.

Esse é o objetivo mais sofisticado do engano.

O engano é tão mais perfeito.

Porque não existe nenhuma outra forma.

Possível para civilização a não ser a instituição.

Do Estado.

A grande questão que Estado é um mecanismo.

Controlado por grupos.

Não se refere.

Nem mesmo classes sociais.

Categorias do marxismo.

Ou ideologia do neoliberalismo.

Como se o Estado não fosse controlado.

Pela grande burguesia produtiva.

Então o Estado é a máquina de fazer.

O homem ser o lobo do próprio homem.

O Estado tem como objetivo.

Ser o próprio lobo.

E colocar a galinha a sua disposição.

Isso não significa que Estado seja algo ruim.

Não é essa a reflexão.

Não tem como o Estado ser algo pejorativo.

Em sua natureza.

Simplesmente por ser uma representação.

Metafísica.

O que é o Estado a não ser uma imaginação.

Que na prática é construída por grupos perigosos.

Às vezes contra a nação.

E particularmente contra a população.

Mas escrever isso da forma que estou dizendo.

Também não significa nada.

Porque todos os homens são iguais.

A essência do homem é a mesma.

Todos tem o objetivo de serem lobos.

Mas para serem lobos politicamente.

Tem que transformar o seu oponente em galinha.

Esse é a grande finalidade.

Transformar toda a nação em galinha.

Acreditar em políticos é uma ilusão.

Quem consegue articular dentro do Estado.

Tem na natureza da essência da sua consciência.

Exatamente seu objetivo realizado.

A explicação é simples.

E vem do mundo evolutivo do homem.

Isso antes do mesmo evoluir em bípede.

O cérebro do mesmo não era divido pelo córtex.

Existia exatamente a parte inferior do cérebro.

Apenas o instinto.

Então o homem antes de ser sapiens.

Ou seja, o homem antes da humanidade.

Ele comportava exatamente.

Como qualquer bicho.

Tudo o que ele praticava visava.

Tão somente atender o mundo do instinto.

O instinto mais primitivo possível.

O lobo que vivia o mundo do instinto.

Ele precisa realizar as condições básicas.

Para existir.

Comer a galinha.

Ou qualquer outra forma de caça.

Alimentado ele procurava uma árvore sombrosa.

Para descansar.

O descanso é o grande lazer do lobo.

Com efeito, o lazer é um prazer do instinto.

Quando um dos primatas passa a ser.

O homo sapiens.

Desenvolvendo a linguagem.

Aumentando o cérebro.

Criando a divisão entre o córtex.

Surge uma luta interminável.

Entre o mundo do instinto.

E o mundo racional.

Essa luta passa por diversos momentos históricos.

Tipos específicos de sociedades.

Até chegar a contemporaneidade.

O Estado foi à forma mais sofisticada do homem.

Para o mesmo conseguir o seu único objetivo.

Ser o lobo do próprio homem.

A explicação é simples.

De fácil acepção do saber.

O lobo animal tem a galinha para comer.

O tigre a ovelha.

Assim por diante.

Têm as árvores na floresta.

Para praticar o seu prazer.

O homem não.

Precisa ter o apartamento.

O automóvel.

Viajar de avião.

Comer em restaurante.

Ter hospitais.

Celular sofisticado.

O prazer do homem é artificializado.

Racionalizado.

Ele não aceita realizar sua felicidade deitado.

Debaixo de uma árvore.

Como fazia antes de ser sapiens.

Então racionalmente todo homem.

Tem como objetivo.

Ser o lobo do outro.

Ele precisa de uma cama dentro de um quarto.

Para descansar.

O homem não tem outra perspectiva.

A não ser lobo.

Então, o mundo.

A sociedade política divide.

Entre aqueles que são lobos.

E os que são galinhas.

O que acontece na prática.

O homem só pode ser lobo organizado.

Na sociedade política.

Quando não existe a sociedade política.

Todos são lobos.

E lobos se autodestroem.

Inviabiliza a própria sociedade dos lobos.

A criação do Estado.

Possibilita alguns homens serem lobos.

Os demais serão galinhas.

Acontece que natureza humana não é boa.

Como de nenhum bicho.

Porque a natureza da vida é natureza da morte.

Uns tem que serem mortos.

Para que outros possam sobreviver.

Do mundo virológico ao mundo sapiens.

Para natureza enquanto tal.

A ela não interessa essa luta.

Os vencedores serão os assassinos.

Não tem como vencer sem matar.

Isso significa que não tem como o homem.

Ser rico.

Sem produzir a pobreza.

Na prática não existe só a pobreza ou a riqueza.

O mundo é antagônico.

Em referência a esse aspecto entre outros.

O homem para ser feliz.

Do ponto de vista do desenvolvimento.

Do cérebro.

Acima do córtex superior.

A felicidade tornou uma ideologia ilimitada.

Ter os melhores carros do mundo.

Belos apartamentos.

Tudo que é melhor no mundo.

Em todos os aspectos.

A felicidade se fundamenta em poder ter. Insaciavelmente.

Acontece que a felicidade é uma ideologia.

Do instinto instrumentalizado.

Pelo mecanismo da razão do córtex superior.

A única forma possível de ter.

É organizar politicamente.

E conseguir fazer do Estado.

A instituição que lhe possibilita ganhar dinheiro.

Mas para ser rico.

É necessário que parte da sociedade seja pobre.

Quem está no Estado não tem.

Como objetivo.

Mudar a vida de quem não está no Estado.

O objetivo do político.

É ser um lobo protegido pela instituição.

Colocar os demais homens.

Em um grande galinheiro.

Esperar mudança por parte dos políticos.

É uma ilusão.

E esperar mudança por parte dos galinheiros.

É outra fantasia.

A explicação é simples.

Todo homem que está no seu estado de galinha.

Sua grande utopia é chegar ao seu estado de lobo.

Sendo essa a essência humana.

Como acreditar que uma galinha no poder.

Não será um lobo.

É praticamente impossível uma galinha no poder.

Não ser exatamente um lobo.

Isso por que o lobo precisa das galinhas.

E as galinhas também são lobos em relação.

A outros bichinhos.

A essência de qualquer bicho é devorar o outro.

Isso faz parte da lógica da cadeia alimentar.

Se não matar o outro.

Não consegue sobreviver.

O homem nunca é bom

Pela sua própria natureza.

Quando pratica algum bem.

Ele está visando exatamente seus interesses.

Se fizer caridade ajudar um pobre.

Sendo espírita a motivação e não voltar.

A um estagio inferior de vida na reencarnação.

Do mesmo modo.

Um cristão.

Ir para o céu e livrar do inferno.

O homem só age por interesse.

O que te oferece a mão.

Quer exatamente te dominar.

Por meio de ideologias.

Ninguém deseja ser político para livrar.

O estado de galinha dos seus semelhantes.

Estão, essa compreensão do homem.

Parece ser simplista.

Mas não tem como ser diferente.

O que compete ao homem entender.

Que não pode deixar o Estado.

Nas mãos dos lobos.

Mas que também não adianta trocar.

Lobos por galinhas no poder político.

Porque as galinhas transformarão em lobos.

O homem deveria entender que o grande ideal.

De vida para ele mesmo.

Não é ser lobo.

Muito menos galinha.

Ser talvez uma forma de bicho.

Ainda não existente.

Mas o grande problema.

Quase sem solução.

Vem do mundo do instinto do homem.

O cérebro instrumentalizou o mesmo.

Por meio de uma consciência sofismável.

Criou se o um ideal impossível.

A ideologia que todos devem ser lobos.

Esse é o grande ideal da humanidade.

Preso ao mundo do instinto.

Na evolução mais primária do cérebro.

O que é objetivamente impossível.

Obs: Esse poema foi elaborado após uma aula ministrada pelo professor: Denis Wiliam de Moura.

Edjar Dias de Vasconcelos.