salpicopico
Acordei assustado, pois juro que ouvi um uivar bem perto da casa. Então deparei com meu coração sacudido, quase errante em meu peito, pois a sensação era sarcástica, devido ao episódio desenhado do momento.
Sempre tive a sensação de acreditar em assombração, mas no fundo não acreditava. Sempre tirava sarro das situações em que envolviam esses assuntos. Mas naquela noite constatei que minha mente realmente estava acordada, não era sonho. Vislumbrei aquele vulto que atravessou a parede do quarto, era um cão maior do que os outros, parecia que o dito cujo queria comunicar alguma coisa importante. Estava todo arrepiado, minha garganta estava deverasmente seca. Tentei me mexer para acordar minha companheira mas não mexi um dedo sequer. Estava totalmente paralisado.
Tal cão passeava no quarto, abanava o rabo parecendo alegre, ao mesmo tempo rosnava, parecendo que ia me atacar. A agonia me acercava, acho que até mijei no pijama, de tanta tremedeira. Acho que ouvi falar certa feita que existe esse disturbo quando a gente está sobre forte tensão, eu disse tensão.
Então asseverei-me que o momento era ficar quietinho e esperar o desenrolar. Penso que na vida existem épocas que as coisas andam de ré, mas o presente é, até certo ponto confortante, portanto há aprendizado em tudo que a vida nos trás, até nos pesadelos. Como a situação era periclitante, acordei de repente e vi que realmente estava tendo um pesadelos e constatei que tinha molhado a cama. Isso me deixou triste e preocupado, mas vamos tocar o barco e esperar que tais pesadelos não se repitam.............