ONDAS
ONDAS
24/09/2013
Brilhante ao refletir o sol, dividindo-se em milhares de gotas, com sua crista procurando alcançar o céu, movida na velocidade do vento. percorre continentes, velhos e novos mundos, endurecida pelo frio glacial ou aquecida pelo calor tropical.
Onda, tu és muitas sendo única, carregas em teu interior a altivez de fazeres o teu caminho. E nessa vontade extrema tu não te limitas aos que se apoderam de teu espaço, com uma fúria incontrolável avança pela terra destruindo a tudo e a todos recuperando aonde for aquilo que de ti roubaram. Deixas tuas marcas e o aviso de que sempre punirás aos que não te respeitam.
Onda, que no seu ir e vir infinito se acalma ao encontrar a terra. Dando um grito trovejante ao se dizer presente para então, docemente se acalmar e lamber as areias daquela que contigo divide o planeta.
Onda que na calma ou na fúria levas a virtude ou a culpa daqueles que não veem que sozinha não és nada como nada somos. Todos precisam do sol, do vento, do calor, do frio, dos que limitam, dos que imitam, dos que tolhem e dos que auxiliam, daqueles que quando nos falta a força, a vontade ou o norte, nos mostram que é preciso querer, pois somos nós que refletimos o sol ou que damos sentido ao vento, lembrando sempre que vento que venta lá, venta cá e só é preciso esperar.
Geraldo Cerqueira