O MÉDICO TRAPACEIRO - 2
Era uma vez um médico que queria ser escritor, pois tinha muitas histórias de hospitais para contar, mas ele não sabia construir um texto dentro das normas vigentes de redação.
Seus contos publicados aqui no Recanto quando não passavam pelas mãos de um revisor, mais pareciam rabiscos de uma receita médica, não se entendia nada.
Uma vez eu recebi um original dele para comentar. Ao devolver, fui claro, curto e grosso: “Não posso comentar nada, nota zero para todo o texto”!
Ele pretendia publicar um livro, mas precisava de um revisor, porque as Editoras não aceitariam seus originais sem uma revisão adequada. Conforme ele mesmo disse, tinha que ser um escritor para revisar e colocar os textos em ordem para o envio à Editora. Um revisor profissional só corrigiria a gramática, não a reconstrução dos textos.
Foi aí que ele recorreu a mim para revisar seus textos, prometendo pagar uma boa quantia em dinheiro.
Depois de muita insistência dele, eu aceitei o trabalho, mas para isso tive que apelar para a bola de cristal para adivinhar o que ele queria dizer nos textos, para fazer correção.
Ao final, depois de “quebrar a cabeça” dei conta do recado.
Depois dos textos entregues revisados, ele arranjou desculpas para não pagar o prometido, dizendo que os textos não estariam bem corrigidos.
Pergunta: “Quem é ele para dizer isso, se não entende bem o nosso vernáculo”? Mas o que ele pretendia na verdade, era não pagar o prometido, e NÃO PAGOU.
Eu me enganei, pensava que estava lidando com homem sério e não um trapaceiro.
Esse trapaceiro é daqui do Recanto das Letras, só não declino seu nome por uma questão de ética.
OBS. A formatação do original dele, me pareceu igual quando se tira uma cópia da Internet, pois as palavras estavam incorretas em variadas linhas, às vezes com duas ou três palavras apenas em uma linha; Não quero dizer nada com isso; é apenas uma observação.