INTERNACIONAL, UMA GRANDE PAIXÃO!
 
Em 2009, vali-me da palavra escrita e de minhas emoções para conhecer um pouco mais da História do SPORT CLUB INTERNACIONAL, time do coração. Em alguns momentos, busquei subsídios dentro de mim; noutros, no site do INTER. Tais conhecimentos, minha memória registrou por lhes ter atribuído sentidos e significados importantes, assim como do dia em que o INTER consagrou-se “Campeão da América”.
Os responsáveis pela sua criação foram os comerciantes e irmãos paulistas Henrique, José e Luiz Poppe Leão e, a maior dificuldade encontrada pelos irmãos Poppe, quando se transferiram de São Paulo para Porto Alegre, em 1908, foi a de serem aceitos como sócios nos dois clubes da cidade, o Grêmio e o Fussball, pois não tinham ascendência germânica. Eles queriam praticar algum esporte, preferencialmente o futebol. No Grêmio, que existia há seis anos, as portas foram-lhes fechadas e a justificativa fora a de que os Poppe recentemente haviam chegado à cidade e eram pouco conhecidos. Sendo assim, fundaram seu próprio clube. Nascia, então, em um domingo, 04 de abril de 1909, num encontro ocorrido no porão de uma casa, localizada na Av. Redenção, 211; hoje, Av. João Pessoa, 1025, onde se fizeram presentes mais de 40 pessoas, a maioria estudantes e comerciantes, que se espremiam no porão da casa e que também desejavam participar, o clube que abriria as suas portas para todas as nacionalidades. O nome foi escolhido no segundo encontro, na noite de 11 de abril de 1909. Henrique Poppe sugeriu Internacional por dois motivos: uma homenagem à Internazionale, de Milão, terra de onde vieram seus pais, e uma referência ao Internacional de São Paulo, clube já extinto, campeão paulista e time do qual os irmãos Poppe eram torcedores antes de virem para o Sul. Internacional era um nome simpático e agradou a todos.
A primeira diretoria colorada foi eleita nessa reunião, na mesma casa onde o clube fora criado. Como primeiro presidente, foi escolhido o dono da casa, João Leopoldo Serefin, de apenas 17 anos e, para presidente de honra, o diretor da Limpeza Pública e líder político distrital, o capitão Graciliano Filho Ortiz, pois tinha que ser uma pessoa mais velha e com prestigio indiscutível na cidade. Após a criação do clube, na terceira reunião, foram escolhidas as cores vermelho e branco, embora os Poppe aspirassem ainda acrescentar o preto, a fim de homenagear à bandeira de São Paulo.
Para identificar o Inter como um clube do povo na sua coluna esportiva, a antiga Folha Desportiva e do jornal A Hora, na década de 50, usou a figura dum Negrinho, personagem cheio de ironia e de malandragem; o avesso do seu maior rival, o Grêmio. Com o tempo, o Negrinho acabou virando o Saci, aquele que gosta de armar ciladas contra as pessoas.
O Inter, por muitos anos, utilizou campos de futebol alheios. Somente em 15 de março de 1931, inaugurou o "majestoso" Estádio dos Eucaliptos, com suas arquibancadas de madeira que abrigavam aproximadamente 10 mil pessoas. O time convidado para a inauguração fora o Grêmio, e deu Inter: 3 a 0 no rival. E em 6 de abril de 1969, foi inaugurado o Estádio Gigante da Beira-Rio, oficialmente Estádio José Pinheiro Borda, cuja construção, projeto de Ephraim Pinheiro Cabral, vereador colorado, iniciara em 1956, quando foi doado ao clube um terreno que, na verdade, consistia em uma pequena porção das águas do Guaíba.
O Hino Vermelho e Branco foi escrito por um torcedor carioca, Nélson Silva, compositor de morro, músico do conjunto "Águias de la Madianoche", que morava há nove anos em Porto Alegre: Celeiro de Ases.
Glória do desporto nacional / Oh, Internacional / Que eu vivo a exaltar / Levas a plagas distantes / Feitos relevantes / Vives a brilhar / Correm os anos surge o amanhã / Radioso de luz, varonil / Segue a tua senda de vitórias / Colorado das glórias / Orgulho do Brasil / É teu passado alvi-rubro / Motivo de festas em nossos corações / O teu presente diz tudo / Trazendo à torcida alegres emoções / Colorado de ases celeiro / Teus astros cintilam num céu sempre azul / Vibra o Brasil inteiro / Com o clube do povo do Rio Grande do Sul".
Em 16 de Agosto de 2006, a noite estava escura e fria. Os fogos de artifícios deram às ruas um tom avermelhado fascinante, tal qual um magnífico pôr do sol porto-alegrense. Embora fosse meia-noite, o céu cobriu-se de um vermelho e branco fenomenal. A fina chuva fria ganhou vida e cor, acariciando a todos os colorados como uma mão materna ao seu filho recém nascido. Tudo era festa, amor, alegria. Em milhares de corações sul-rio-grandenses, a certeza de um sonho realizado: “Inter, Campeão da América!”. A imagem era de total beleza e encanto. E, nessa noite inesquecível, muitas lágrimas de felicidade alimentaram um sonho realizado.
Todas as manhãs, ao dirigir-me ao trabalho, além de passar por aromatizadas ruas verdes, aspiro doce e agradabilíssimo ar vermelho e branco, que, a mim, transpassa intensa e singular força interior.
Hoje, 18 de Agosto de 2010, o céu e as ruas porto-alegrense, tal qual meu coração, ganharam as cores vermelho e branco. Inter, Bi Campeão da América.
Sport Club Internacional, uma das mais expressiva força do futebol nacional e grande paixão de seus torcedores. 


 
Ilda Maria Costa Brasil
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 05/09/2013
Reeditado em 05/09/2013
Código do texto: T4468651
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