O Banquete
A vida da gente é de uma singeleza sem igual, é feita de pequenos momentos que ao se juntarem, se tornam vida, vida da gente.
Onde o que importa é o recheio, é cada vivencia nossa, cada aprendizado diário, é que vai temperar a massa, o grosso, é o que realmente vai nos encher, nos completar com plenitude de vida, sendo assim, cada momentinho deve ser vivido com esperança, com amor, com valorização, cada experiência, por menor que seja, vai completar nossas calorias diárias de existencialismo.
As vezes a gente deixa de saborear pratos deliciosos, simples mais deliciosos, um beijo ardente, um aperto de mão, um abraço, um afago amoroso ou amigo, são aperitivos diários indispensáveis, para que possamos crescer felizes.
E nos temos a errônea idéia de ficarmos nos preparando para banquetes monumentais, é claro que eles são legais, é claro que eles nos fartam com suas delicias intermináveis, mas quem disse que o feijão com arroz do dia-a-dia, não é o que verdadeiramente nos fortifica e nos torna mais humanos, mais compreensíveis com a gente e com os nossos semelhantes.
Durante tempos intermináveis esperei por esses banquetes e nessa espera, eu deixei de dizer tantos eu te amo, deixei de receber tantos carinhos, que acabaram por esfriar em cima da mesa da vida.
Por isso hoje em dia, eu dou minha beliscadinha diária no prato da felicidade, como o meu feijão com arroz como se fosse o Máximo e faço do meu viver, um banquete eterno de felicidade e abundância de vida e de amor.