casa
Casa
Tanto anos depois e eu não lembrava mais o que eu queria para mim, foi como acordar depois de longo sono e ver que bagunçaram todo o meu jardim, as minhas plantas antes intactas agora estão despedaças aquelas com as quais eu sempre reservará um espaço de luz agora estão ofuscadas pelas sombras de algo que eu nunca plantara ali, minha certa hoje tem outras cores não mais o branco que me acalmava eu percebo que ela foi repintada, mas não conseguido compreender a razão, talvez o tempo justificaria uma nova mão, mas por que outra cor?As minhas frutas agora não existem mais foram todas podadas e outras plantadas no lugar, eu que esperei tanto para um dia colher os frutos vejo que não verei essas novas árvores crescendo, vejo também que os frutos delas eu não conhecerei o sabor e tudo isso me entristece e eu até compreenderia se não tivesse caminhado até a casa, nela a porta esta com uma nova maçaneta, um tapete novo que diz “benvindo” sinto me um estranho as janelas parece que nunca foram trocadas e elas mereciam uma atenção ouso me aproximar da porta, mas olho apenas as janelas nelas vejo que dentro nada mudou, algumas coisas parecem empoeiradas outras meio que fora do lugar, mas ao primeiro olhar tudo parece ainda estar lá; fico feliz por ver coisas queria tanto ter de volta lá dentro me empolgo com algumas coisas jogadas pelo chão e por quadros belos na parede, me animo tanto que penso em entrar coloco a mão na maçaneta e ela esta trancada, tento usar a minha chave e ela simplesmente não abre por alguns segundos olho aquela porta, eu custo a acreditar que tudo aquilo se foi que não posso mais entrar ali, tão perto e tão longe a raiva pulsa em mim e então soco a porta por varias vezes, após algumas tentativas frustradas eu simplesmente me sento ao chão, reparo o jardim e me culpo por estar tanto tempo ausente se eu tivesse ao menos tentado voltar antes, se não me deixasse levar pelas incertezas, se reparasse o quanto esse lugar precisava de cuidados o como era importante eu cuidar deste lugar, por fim olho mais uma vez com carinho para tudo aquilo que me cercou um dia fecho os olhos e aceito que não mais conseguirei atravessar essa porta pelo menos não hoje, caminho lentamente até a cerca saio do jardim e tento manter firme os passos em outra direção, me contendo para não voltar e invadir aquele lugar.