Qual a melhor fonte?

 
Estava eu diante do computador experimentando ‘fontes’ para usar e acabei pensando em outras fontes: fonte de energia, fontes do saber, fonte da juventude... que significam causa, origem, princípio, nada a ver com o tipo gráfico das letras. Lembrei dos chafarizes, dos repuxos, das fontes de água que tanto gosto de admirar. Mesmo que não sejam grandiosas como a Fontana di Trevi em Roma, os Jatos de Água de Genebra ou do Ibirapuera, ou tantas fontes que enfeitam praças em inúmeras cidades pelo mundo afora, acompanhar o movimento das águas ouvindo o doce murmúrio de uma pequena fonte já é uma dádiva para mim. Além do efeito calmante, parece que elas também refrescam o ar. Pena que sejam tão raras em nosso país.

Houve um tempo em que várias cidades do interior instalaram em suas praças horrorosas fontes luminosas que irradiavam bregas tons de verde, amarelo e cor-de-rosa. Não é dessas que sinto falta, ao contrário, fiquei contente quando foram desativadas. Gostaria de ver por aí singelas fontezinhas que fossem, de águas translúcidas, que além de nos regalar a vista atraíssem passarinhos que ali viessem matar a sede.




(*) foto: Beatriz Cruz - Palácio do Alhambra