VELHOS PAPEIS
VELHOS PAPEIS
Na nossa vida tem um dia, que a gente quer se organizar. São tantos os papeis que recebemos nesse mundo moderno, que às vezes nos perdemos em tanta papelada recebida.
Os famosos amarelinhos, diariamente batem à nossa porta, na distribuição desses produtos que entulham nossa casa, às vezes chegam nas horas mais inadequadas. É conta, é cobrança, é propaganda, é revista, é jornal, é convite, é anotações, é apostilhas, é agenda, é cartão, é catalogo, correspondências diversas, papel de toda espécie em nossa vida, que às vezes, agente se esquece do nosso papel no meio ambiente, chegando até a prejudicar nossa saúde com o papel amontoado em nossa volta, uma verdadeira fábrica de ácaros.
Por outro lado, também é faturamento certo para a empresa responsável por esta tarefa, e como se vê trazem noticias boas e ruins, além do mais, tem importante função no sócio-economia do país, pois geram emprego e renda e também fomentam a sobrevivência de pessoas menos afortunadas transformadas em catadores de papel.
Arrumando a casa outro dia, em faxina de envelhecidos papeis pelo tempo acumulado, uma agenda velha descobri, com nomes de pessoas queridas que a muito não vejo mais, de repente uma viagem de saudades no tempo de uma dezena de anos atrás. O vídeo tape da memória em fração de segundos trouxe cenas quase apagadas na ampulheta da vida.
Agenda velha de ternas lembranças, fez renascer o sentimento da amizade irmanada na música e na espiritualidade da alma de cada um de nos, participantes daquele encontro. Procurei em meu álbum de fotografias, retratos daquele acontecimento que participei, e viver de repente a doce recordação de um passado recente. Logo muitas perguntas em meu eu consciente. Por ande andam? Que fazem? Como estão? Aquelas pessoas que partilharam musicais momentos da minha vida. Indagações sinceras, vindas do fundo do coração. Enquanto escrevia estas linhas, coloquei o CD do Coral Messiânico Brasileiro, cujo evento serviu para ensaiar as diversas peças ali gravadas, além de fazer despertar o meu lado poético até então adormecido naquela ocasião. Resultando daí um poema que retrata bem aqueles momentos inesquecíveis:
“AGENDA VELHA”
Agenda velha. gostei de te achar
E recordar os bons momentos, que vivi,
Lá em São Paulo aprendendo a cantar
Canto coral, no dia a dia aprendi.
Encabulado logo no primeiro dia
Na partitura não sabia o que era um dó
Com paciência, persistência e esperança,
De um dia cantar e ler em sol, fá, mi, ré, dó.
Agenda velha. Gostei de te achar
E recordar os bons momentos, que vivi
Lá em São Paulo aprendendo a cantar
Canto coral, no dia a dia aprendi.
Dizem que recordar é viver! Então eu renasci para a vida. Foi muito gostoso lembrar de vocês.