* Oscar experimentou uma forte emoção pisando as areais da praia.
Uma enorme nostalgia o visitou.
 
O fascínio provocado pelo local permanecia o mesmo.
 
Ele sabia que a natureza costuma renovar sua beleza, sempre dinâmica e fantástica.
As ondas que observava ir e vir não eram as ondas que admirou há um ano, no entanto achava incrível vê-las tão deslumbrantes quanto antes.
 
Tudo era lindo e encantador, porém as recordações o angustiavam.
 
* Agora ela não estava ali.
Onde estaria?
 
De repente surgiu uma cena na mente a qual parecia ganhar vida.
 
Os sorridentes namorados apostando uma corrida descontraída.
Não interessava quem chegaria primeiro.
Os dois se sentiam vencedores.
O prêmio era o prazer indescritível de desfrutar os ventos do amor.
 
Ah! Os beijos molhados e ardentes!
A respiração ofegante e animada.
A vontade de parar o tempo e tornar constante a paz profunda.
 
* Oscar olhou para o lado.
Desenvolveu a ilusão de que talvez ela pudesse aparecer.
Quem sabe um milagre não a traria de volta naquele instante!
 
Tolice!
Ele era um sonhador, um romântico bobo que acredita demais.
 
“Enquanto houver estrelas brilhando sua imagem ficará comigo!”
 
* O rapaz contemplou o mar durante várias horas.
 
Após o começo de uma noite bem agradável, com estrelas brilhando, resolveu ir embora.
 
Retornar ao local possibilitou que Oscar confirmasse o quanto ainda pensava nela.
 
Onde ela estaria?
Estaria provando outros braços apaixonados?
Restaria algo do que viveram no coração dela ou as ondas inéditas do tempo fizeram que ela o esquecesse?
 
Eis algumas indagações alimentadas por Oscar enquanto abandonava a praia das lembranças referentes aos maravilhosos dias em que a alma dele conheceu a felicidade.
 
E as estrelas continuavam brilhando...
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 15/06/2013
Reeditado em 18/06/2013
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