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UMA VIDA EM OUTRAS VIDAS...




Novamente assistindo o filme: “Minha Vida na Outra Vida”, baseado em fatos reais, fui tomado por inquietações estranhas, sensações, emoções, saudades ignotas. Isso tudo me levou a novas elucubrações sobre o assunto, e passei a recordar o que inúmeros pesquisadores, sábios, haviam estudado sobre o tema.
Recordei-me que o Dr. Ian Stevenson, psiquiatra da Universidade de Virgínia, nos EUA, acumulou um banco de dados com aproximadamente dois mil casos sugestivos de memórias reencarnatórias, que têm muitas características que podem ser constatadas.
Em alguns casos, Stevenson acompanhou crianças às aldeias onde teriam vivido antes. As crianças nunca tinham visitado essas aldeias, mas pareciam familiarizadas com o cenário e conseguiram identificar as casas onde viveram. Às vezes, as crianças identificavam membros da família anterior. Em um caso, a criança se lembrou do local onde havia escondido dinheiro em sua vida passada, e o dinheiro foi encontrado no lugar recordado.
Edward L. Hearn, no final do século XIX, também fez inúmeras e notáveis pesquisas a respeito do tema.
O renomado pesquisador indiano Dr. Hemendranath Banerjee também coletou centenas de casos, sendo que um dos mais célebres é o de Swarnalata Mishra, que nasceu em Shalpur, Índia, em 1948. Swarnalata principiou a ter recordações de outras vidas aos cinco anos de idade, quando, em uma viagem a uma cidade próxima, pediu subitamente ao motorista que seguisse “por aquela rua” que levava à “minha casa”. Por vários anos, ela relatou coisas e eventos de sua vida anterior como uma menina chamada Biya Pathak, descrevendo sua casa e o carro da família (algo incomum para uma família indiana daquela época). Em dado momento, ela conheceu a esposa de um professor e a identificou como uma conhecida daquela vida passada, recordando um casamento ao qual teriam ido juntas. A esposa do professor confirmou o fato e muitas outras declarações feitas por Swarnalata sobre sua vida como Biya.
Outra história notável e comprovada de reencarnação é a de Nicola Wheater, estudada por dois pesquisadores, Peter e Mary Harrison. Nicola se recordava de sua vida passada como um garoto chamado John Henry Benson, que vivera em uma cidadezinha de Yorkshire, Inglaterra, na segunda metade do século XIX. Quando estava com dois anos de idade, Nicola dizia para seus pais, coisas como: “Por que agora eu sou menina?”. E “Por que não sou um garoto como antes?”. Não tardou para que a menina se lembrasse de muitas outras coisas sobre sua vida passada, expressando-as de maneira tão coerente e consistente, que sua mãe se sentiu compelida a leva-la à cidade de sua vida passada. Lá, Nicola conduziu a mãe até a casa onde tinha vivido no século anterior, com o nome de John Henry Benson. E, para seu grande espanto, a mãe encontrou o registro do nascimento de um menino chamado John Henry Benson no livro da igreja.
Normalmente, se falam sobre casos em que uma vida anterior foi lembrada, porque esses são os relatos que puderam ser mais corroborados. Há, no entanto, muitos episódios de recordação de diversas vidas, até de nove, como o caso de uma menina sul-africana que impressionava os pesquisadores.
O psiquiatra Stan Grof se referiu assim a respeito delas:
- Elas – as recordações de outras vidas – são extremamente realistas e autênticas, e costumam mediar acesso a informações precisas sobre períodos históricos, culturas e até eventos históricos que o indivíduo não poderia ter adquirido por meio de canais comuns... Em alguns casos, a precisão dessas lembranças pôde ser constatada objetivamente, às vezes com detalhes impressionantes...
Para quem cresceu na Índia, não é incomum ouvir falar de uma criança que se recorda de experiências de vidas passadas. Pais e irmãos recebem isso com tranquilidade. O mesmo se aplica ao Tibete. É comum crianças pequenas, que são reencarnações, lembrarem-se de objetos e pessoas de suas vidas anteriores.
Diz o Dalai Lama:
- Algumas conseguem até recitar os textos sagrados, embora ainda não os tenham aprendido...
Mas isso é relativamente raro na cultura ocidental. Percy Bysshe Shelley, poeta romântico inglês, acreditava na reencarnação e, certo dia, enquanto conversava com um amigo, passou por perto de uma mulher com uma criança no colo. Ele ficou imediatamente interessado, e indagou:
- Será que seu bebê pode nos dizer algo sobre a preexistência, senhora? Ela respondeu:
- Ele ainda não fala, senhor. E Shelley, com um suspiro de profundo desapontamento, disse:
- Mas certamente o bebê pode falar, se desejar... Talvez imagine que não possa, mas isso é apenas um capricho tolo. Ele não pode ter esquecido completamente do uso da fala em tão pouco tempo...
A Dra. Helen Wambach se dedicou a ampla pesquisa sobre a questão das crianças ocidentais que se lembravam de suas vidas anteriores e os resultados foram impressionantes.
O assunto é muito longo, complexo, e merece estudos, reflexões, tanto da parte daqueles que concordam, bem como daqueles que discordam da tese da reencarnação; eu, de minha parte, me considero uma prova viva das vidas sucessivas, e se a mesma não existisse alguém teria de inventá-la para me explicar de onde veio o conhecimento de coisas que nunca estudei nesta atual vida, e, no entanto desabrocharam em mim...

PEDRO CAMPOS
Enviado por PEDRO CAMPOS em 14/06/2013
Reeditado em 17/06/2013
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