“Torcidas organizadas”: O câncer do futebol brasileiro.

Nos últimos tempos, somos bombardeados por notícias de “torcidas organizadas” em páginas policiais. Principalmente das duas maiores torcidas de São Paulo: Gaviões e a Mancha Alviverde. E mais uma vez, o futebol brasileiro se tornou alvo de hostilidades e punições por parte de outros torcedores, membros do próprio clube e de jornais do mundo inteiro.

Aí volta à tona a questão da imprudência das “organizadas” nos jogos, dentro e fora do estádio. E num país como o Brasil, que está prestes a sediar uma Copa do Mundo, isso é de fato um grande problema para o futebol no país, pois o descredencia perante o mundo.

As “organizadas” são um verdadeiro câncer para os times no Brasil, porque o próprio clube se torna refém delas, e acaba fornecendo tudo que elas precisam para assistir os jogos, seja dentro ou fora do país. O clube fornece os ingressos, meios financeiros para que os torcedores dessas ”máfias” possam sustentar seus atos ”impensados”, moral e mídia a eles. O mais grave de tudo é que a mídia costuma associar atos provocados pelas organizadas ao clube. Isso queima o filme dele e também da torcida que não é organizada.

O maior problema das “organizadas” é que muitas pessoas de dentro confundem adversários com “inimigos mortais”. Marcam brigas, se armam de forma arcaica, matam e espancam rivais, nos quais muitos deles são pessoas de bem. Deixam o “clubismo” subir à cabeça, e fazer o amor ao time virar obsessão, a ponto de odiar e matar os outros. Não há controle ou triagem. Há infelizmente muitos bandidos e assassinos disfarçados de torcedores. E isso tudo espanta muita gente dos estádios, pois os assimilam a campos de batalha.

O que é necessário ser feito? Tudo tem que partir primeiro de dentro. O próprio time tem que deixar de subsidiar esses torcedores e punir severamente as associações organizadas. E claro, é necessário “separar o trigo do joio”. Nem todos que estão nas torcidas são marginais. Então é essencial separar os que estão pra matar e agredir, dos que estão para torcer, e logo depois, expulsar e punir a escória de “torcedores” que fazem mal ao clube.