IINCOMPETÊNCIA É POUCO
 
Isto ocorreu há alguns anos atrás...essa terrível história de Rondonópolis, Mato Grosso do Sul, onde sete ou mais policiais fardados realizavam treinamento anti-sequestro contra um suposto grupo de seqüestradores que se alojavam num ônibus velho da Polícia Militar,numa estrada ou rua, utilizando poderosas armas calibre 12 e fuzis 762, com munição verdadeira,(sic) em meio a uma pequena multidão de pessoas, crianças e gente do povo,(curiosos)  onde morreu um garoto e feriu gravemente vários circunstantes. Foi um autêntico espetáculo de incompetência e somando ainda, imperícia, imprudência e negligência. Chega o fato-(jurìdicamente falando)- até ao chamado “preter dolo” ou seja vai além da culpa caracterizada na simples irresponsabilidade, para bater na intenção subjetiva de matar e causar graves danos. O chamado “preter dolo” aumenta a responsabilidade dos celerados policiais militares, que assumiram o risco de um resultado razoàvelmente previsto... ou seja, é o mesmo que o motorista em alta velocidade em avenida ou ruas movimentadas  com pessoas,transeuntes, passar dos limites das regras de trânsito e provocar um infausto. Nesses dois casos havia bem claro a intenção ou a possibilidade de causar um resultado danoso. É por aí que a interpretação jurídica é mais correta e o crime – por conseqüência – passa a ser doloso, ou seja mais grave.Inafiançável.Cadeia. Muitas autoridades policiais agem assim em caso de flagrância em delitos de trânsito ante um irresponsável ou doido ao volante de um veículo,em especial agora com a chamada “Lei Seca”.Se não agem assim, estão prevaricando.Antigamente, havia um slogan curioso: “O seu veículo é uma arma” e, por conseqüência do tempo essa frase foi esquecida. O veículo continua a ser uma arma fatal...
Pelo que se lê negam que tenham atirado (?-sic) – logo após recolhidos presos ao quartel, como se tentassem negar o óbvio. Cinegrafista amador filmou tudo, para azar desses incompetentes!!
O que causa muita estranheza é quando o comandante da corporação diz que ignorava o exercício desses trapalhões, naquele dia fatídico.
Diante dessa calamidade, ou seja, um exercício com tiro real, nas proximidades de multidão, estava totalmente excluída a chamada “bala de festim”, como todos sabem não tem o dano do chamado projétil, que matou e feriu gravemente pessoas inocentes e curiosas. No uso da “bala de festim”, na ponta da arma vai um dispositivo vermelho gritante, que chama a atenção e funciona como tampão ao disparo, nem chega a atingir circunstantes pelo fogo que sai pelos orifícios desse artefato... É óbvio que isso não aconteceu em Rondonópolis.
Ninguém viu isso. Imaginem só em que mãos estamos, em termos de segurança, pelo menos naquele Estado. Falo com comiserada imodéstia tudo porque tenho um título que me orgulha concluir o CPOR/SP e por mais de ano estagiar como 1º. Tenente, no antigo 4º. Regimento de Infantaria, hoje, 4º.BIB: Batalhão de Infantaria Blindada, em Quitaúna, nos anos 60, quando Elvis Preslley estava no auge de sua carreira artística...e as moçoilas desmaiavam ao ver o “ídolo”.  E, antes muito antes de ser um quartel havia e acho que ainda há hoje uma  capelinha, no meio de árvores densas, onde o bandeirante Raposo Tavares orava e descansava sua caravana de burros e cavalos,antes de partir mata a dentro. É a história do Brasil,ao vivo e a cores... Quantas vezes com soldados-recrutas- foram realizados exercícios de controle de tumulto...(nossa missão era a segurança de São Paulo- Capital,lógico em última instância,caso necessitasse) e naquela época já se usava a munição inocente como é o “festim”,como também munição real.
Cá entre nós, a demonstração em Rondonópolis foi macabra...Impertinente