Três amores mas só o quarto me faz feliz!!

Tive três amores em minha vida! O primeiro me conquistou sem falar uma palavra! Eu o vi passando e disse: “me casarei com ele”. Boca maldita e feiticeira... Casei-me com ele e intensamente vivemos, em todos os sentidos! Éramos dois jovens loucos que facilmente se deslumbravam... Desbravamos mundos desconhecidos do amor e sexo... Tivemos as brigas mais ferozes que acabavam em um ato selvagem de cópula que transcendia céu e inferno...Ah! Como foi bom!

Chamo esse de amor inocente, amor de menina, primeiro amor literalmente!

Quando acabou, por muitos dias sofri, mas de anos para me reerguer... E durante esse período, eis que surge um segundo amor!

Se com o primeiro foi intenso, com esse foi tudo multiplicado, apesar de ter durado poucos meses, que meses foram esses...

Saí me descobrindo como mulher e pelas veredas me transformando, nos arriscávamos de todas as maneiras! Nos entendíamos só com um olhar ou com um gesto! Sempre sabíamos o que o outro pensava...Foi avassalador! Quando estávamos juntos, nos rasgávamos inteiros por dentro e por fora só para satisfazer os desejos contidos...E, mesmo que um ou outro nunca tivesse pronunciado tais desejos, sabíamos e conseguíamos fazer tudo perfeitamente!

Esse chamo de paixão avassaladora e destruidora! Carnal mais do que um canibal!

Mas também me fez doer muito. Acabou em um piscar de olhos, fazendo toda a mulher que aqui habitava morrer e a menina desesperada voltar a bater na porta. E, antes que terminasse a incessante dor, eis que meu terceiro e eterno amor, surge!

Esse, pegou-me no meio do olho do furacão, me acolheu em teus braços, tentou me ninar, me acalmar, mas sofreu de mais com a tempestade. Foi o mais puro e verdadeiro. Intenso, companheiro, gostoso, sedutor... era maravilhoso... durou um bom período mas, quando todo o furacão resolvera de vez ir embora, ele também se foi...me deixando a deriva, me enterrando viva, sem sul e sem norte, sem um rastro ou uma sombra para que eu me reorientasse e me reerguer-se...

Esse eu chamo de vendaval: vem e bagunça tudo, te tira de sua zona de conforto e não deixa nada em pé.

Agora tenho um novo, eterno, perfeito e grande amor! Quem é ele? Eu mesma!

Aprendi a me amar intensamente, saborear cada traço da minha personalidade e cada canto do meu corpo. Vivo o que quero viver sem autocríticas ou autojulgamentos, simplesmente, me permito ser feliz e, sinceramente, minha vida mudou muito! Se me fechei para que outras pessoas me amem? Não mesmo! Mas nunca existirá no mundo, melhor companhia do que eu e o melhor, eu sei que nunca deixarei-me só!

Naty Castro
Enviado por Naty Castro em 18/04/2013
Código do texto: T4247365
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