Ostras
Cuidado! Ficar fechado em sua concha impede que as outras pessoas descubram a pérola que existe dentro de você. Está certo que deve ter prudência, mas não exagere, pois corre o risco de escorregar e cair nas águas do medo. Esse medo de sair do seu mundo e deixar de ser ostra.
Lá embaixo, ao pé do morro, o mar bate nas rochas cobertas de ostras, tal como a vida, que com suas marés altas e baixas bate, empurra e obriga os humanos e saírem de seus esconderijos e deixarem a luz do sol penetrar por entre o céu nublado.
Chega de ficar, permanecer, estar, não dê mais nenhum passo, tome cuidado para o turbilhão da mente não engolir seus melhores pensamentos, sente-se, acalme-se, admire a paisagem, sinta a natureza, a brisa e as areias do tempo que o vento carrega, aproveite o momento, dê a volta, suba o morro, olha o caminho que nunca é fácil, erga a cabeça e nos pequenos sinais, como as placas de advertência que indicam o risco de estar entre as ostras ou ser uma delas, você descobrirá como extrair e lapidar a pérola do seu ser.