Noite de sonhos
Noite estrelada sobre o rio. Cada estrela das Três Marias representa uma pessoa por quem peço pela saúde e agradeço pelas melhoras, noite após noite, antes de dormir. Estrelas soltas simbolizam outras pessoas e comunidades cuja prece é feita pelo bem comum. Mas se não há estrelas? A paisagem de prece é sempre bela. Há pinheiros, céu cinza, luzes de faróis e das torres de TV, fios condutores. Acima de tudo há o Mistério, que costumamos chamar Deus. Há tantos nomes para Ele... A noite, no entanto, está mais para um quadro de Vincent van Gogh. Na tela, vejo a noite sobre o Ródano. Ou passeio pela rua dos bares, encimada de estrelas, na bela Paris. Espanto-me com um gato enorme, que tenta saltar para o fio de luz na rua. Por receio de que venha a ser eletrocutado, grito para afugentá-lo! Não há possibilidade de me ouvir, com o passar barulhento de um caminhão. O gato insiste em saltar, até que consegue. Seu intento é preparar uma armadilha para passarinhos. Utiliza um anzol, presumivelmente com isca, que prende ao fio da luz com um fio transparente. Fica de tocaia no asfalto. Logo um passarinho é preso na armadilha. Outro passarinho vem brincar com o primeiro, mas voa para longe ao vê-lo ser içado pelo gato. Depois da pescaria aérea, vejo apenas uma pena bailarina que se perde nas brumas do sonho. Lembro-me da caixa de bombons de Forrest Gump. Nunca se sabe que surpresa a noite nos trará.
Noite estrelada sobre o rio. Cada estrela das Três Marias representa uma pessoa por quem peço pela saúde e agradeço pelas melhoras, noite após noite, antes de dormir. Estrelas soltas simbolizam outras pessoas e comunidades cuja prece é feita pelo bem comum. Mas se não há estrelas? A paisagem de prece é sempre bela. Há pinheiros, céu cinza, luzes de faróis e das torres de TV, fios condutores. Acima de tudo há o Mistério, que costumamos chamar Deus. Há tantos nomes para Ele... A noite, no entanto, está mais para um quadro de Vincent van Gogh. Na tela, vejo a noite sobre o Ródano. Ou passeio pela rua dos bares, encimada de estrelas, na bela Paris. Espanto-me com um gato enorme, que tenta saltar para o fio de luz na rua. Por receio de que venha a ser eletrocutado, grito para afugentá-lo! Não há possibilidade de me ouvir, com o passar barulhento de um caminhão. O gato insiste em saltar, até que consegue. Seu intento é preparar uma armadilha para passarinhos. Utiliza um anzol, presumivelmente com isca, que prende ao fio da luz com um fio transparente. Fica de tocaia no asfalto. Logo um passarinho é preso na armadilha. Outro passarinho vem brincar com o primeiro, mas voa para longe ao vê-lo ser içado pelo gato. Depois da pescaria aérea, vejo apenas uma pena bailarina que se perde nas brumas do sonho. Lembro-me da caixa de bombons de Forrest Gump. Nunca se sabe que surpresa a noite nos trará.