FILHO É FILHO, CACHORRO É CACHORRO

FILHO É FILHO, CACHORRO É CACHORRO.

Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seus semelhantes. (Albert Schweitzer)

Acredito que o certo ou errado fica a critério de cada um, mas o amor excessivo aos cães de estimação tem gerado muitos questionamentos.

Não são poucas as pessoas que costumam tratá-los acima dos humanos. Faço aqui registros que considero inadmissíveis.

• Divórcios causados pelo excessivo amor de um dos cônjuges por um cão, a ponto de colocarem para dormir no mesmo leito ou na mesa, como se faz com um filho.

• Em um programa de TV, um repórter entrevistava um homem sobre o seu fiel cão. Ao lado dele estavam o referido cão e filho dele. “O repórter pergunta sobre o sentimento dele em relação ao cão e o homem responde: - “ele é o meu filho mais velho”; o repórter ver o filho dele ao lado e pergunta:” e este aqui, quem é ?” o homem responde:” “este é o meu segundo filho”. É demais, não? Para este homem, o filho e o cachorro são iguais, sem diferença!

• Em uma conversa entre duas mulheres: uma pergunta: soube que você tem um filho, e aí, qual a sensação de ser mãe? A outra responde: é maravilhoso, estou realizada, ele me diverte, me ocupa... A outra: qual a idade dele, já fala? Ah! O meu filho é um cão lindo e carinhoso; ele é o filho o que sempre desejei.! Aff! Tomara que esta mulher nunca tenha um filho de verdade!

• Outro registro assustador, pelo menos para mim. Um casal não tem filhos, mas tem três tipos de animais. A casa é organizada em função deles e ambos afirmam com satisfação: “a casa é deles; tudo funciona em função deles”. Sem comentários, não?

• Numa creche para cachorro, a diretora os recebe assim: “ aqui cuidamos dos seus filhos com muito carinho. Temos um espaço para recreação, um berçário, nutricionista para cuidar da alimentação e ficam separados por tamanhos. Ficam soltos e livres e não usamos gaiolas; cuidamos muito bem deles! Têm estinha de aniversário e outros eventos...Tratamos de seus cães como se fossem seus filhos. Quem se propõe a ter uma empresa dessa natureza, é claro que deve oferecer o melhor serviço, afinal tem mesmo que agradar os clientes. Este é mais um registro da distorção entre seres humanos e animais!

• Numa revista li: “Como feliz mamãe de dois lindos cães maravilhosos, que infelizmente não sabem falar, falo por eles: “feliz dias das mães para mim”, isto é incrível!

Sei que os animais de estimação têm muita importância na vida de muitas pessoas; se apegam, dão carinho, aconchego, brincam. Sei também que eles são fiéis, amigos, parceiros e até mesmo de grande relevância na vida de um deficiente visual, por exemplo.

Na verdade esta é uma tendência no mundo inteiro, na qual os seus donos os consideram mais que meros animais. Eles agora são filhos, netos ou irmãozinhos. São tratados emocionalmente como um ser humano, preenchendo lacunas que deveriam ser ocupadas por seres humanos, contudo, “cabe ao dono saber que está lidando com um ser de outra espécie, que tem necessidades diferentes.” Sei também que a satisfação psicológica é tão grande na relação com seus animais que não enxergam ou não querem enxergar a diferença entre as espécies humanas e animais.

Reconheço que se alguém se dispõe a cuidar de um animal deve assumir todos os encargos que envolvem saúde, alimentação, proteção, etc. O perigo é transformar um bicho de estimação em seres humanos de quatro patas!

Amor pelos animais é uma coisa falta de noção é outra.

Portanto, FILHO É FILHO, CACHORRO É CACHORRO.

GSpinola
Enviado por GSpinola em 18/03/2013
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