A música que martela
Não sei se acontece com todo mundo, mas acredito que sim. Você acorda com uma música, às vezes só uma melodia, na cabeça e ela fica martelando na sua orelha o dia inteiro.
Quando é uma música que agrada, no meu caso, um Gil, Caetano, Beatles, Stones, Led Zeppelin, Milton Nascimento, Roberto Carlos, Djavan etc (Viram que meu ouvido é bem eclético, né?), tudo bem.
Ruim quando você é surpreendido por um lixo sonoro, tipo aqueles virais midiáticos, que invade e se apossa do seu ouvido e nada tira o danado de lá.
Não adianta tentar substituir por outra; Não adianta se concentrar e tentar esquecer. Quando você menos espera está lá, assobiando ou cantarolando a praga outra vez. Sem contar que você pode passar por alguns apuros, tipo assobiar a marcha fúnebre numa festa de aniversário, ou o contrário, parabéns a você num velório, já pensou?
E a gente nunca sabe de onde nossa memória tira e que critérios utiliza pra achar coisas tão variadas. Eu, por exemplo, já acordei assobiando "A voz do Brasil", na verdade, a famosa composição de Carlos Gomes, "O Guarani"; Já pulei da cama cantando "Eu não sou cachorro, não" do Waldick Soriano. Nada contra, mas nada a favor também, não é lá minha praia, pelo menos frequente.
Já me peguei também cantando "Tu és, divina e graciosa, estátua majestosa do amor por Deus esculturada...", ou até "Eu amanheço pensando em ti, eu anoiteço pensando em ti...", Tá certo que "Rosa" é uma belíssima obra-prima do Pixinguinha e "Pensando em Ti" maravilhosa obra de Herivelto Martins/David Nasser na voz de Nelson Gonçalves, mas pô! entrega a idade, né?
Mas, depois de muito tentar, achei um jeito, acho que o único, de apagar, tentar apagar ou substituir essa memória: Voltar pra cama e cochilar mais um pouquinho, 15 minutos que sejam, são suficientes.
Até hoje só precisei utilizar essa técnica uma única vez. Também pudera, acordei tentando, vou repetir, T E N T A N D O assobiar o hino do Corinthians.
Disse tentando porque embora a mente (software) mandasse, a boca (hardware) se recusava terminantemente a executar.
Era muito para um coração PALMEIRENSE. Teria dormido o dia inteiro se preciso fosse, fala sério, hein!
21/11/2012