ESCOTISMO AURORA SOCIAL

Às vezes somos chamados a atenção, por alguns fatos marcantes que ocorrem inesperadamente em nossa vida, nos levando a uma reflexão profunda sobre nossa conduta no meio em que vivemos. Com respeito ao dever de cidadão para com as questões sociais que nos cercam. E ou se somos ou não omissos e indiferentes a elas.
Jamais imaginei um dia estar assistindo ao vivo, como ocorreu durante os dias dois e três de março próximos passado, inclusive, estando eu entre mais de uma centena de delegados participantes na Assembléia Geral Ordinária do escotismo, com o dever de votar na escolha da nova diretoria responsável para a gestão do triênio dois mil e treze a dois mil e quinze abrangendo todas as regiões de nossa Minas Gerais. Não sou chefe escoteiro, sou apenas um colaborador voluntario, membro do conselho fiscal do grupo escoteiro 82º (Chefe Domingos), grupo este, recém criado no Engenho do Ribeiro. Designado para tal missão confessa-me ter sentido tão pequeno ante a grandeza que o movimento representa socialmente.
O que ocorreu na cidade de Paracatu, na data acima citada, foi uma verdadeira demonstração de patriotismo cidadania e civilidade mostrando o que representa o escotismo para a sociedade universal. Assisti a um evento promovido com verdadeiras lições de vida. Com uma receptividade solidaria e humana. Eu digo universal porque as fronteiras do escotismo são ilimitadas, ele abrange o mundo inteiro sem preconceito de raça cor ou crédulo religioso, seja qual for à posição social ou econômica de quem quer que seja seus direitos são respeitados com igualdade e justiça.
Formou-se a mesa e deram inicio aos trabalhos, com a presença entre duzentas e cinqüenta a trezentas pessoas todas envolvidas com o movimento escoteiro. Logo se formaram duas chapas, ocorreu-me uma duvida quanto ao espírito objetivo do movimento, que segundo constam suas regras tem absoluta isenção político partidária. Mas o clima foi tão ameno que não houve nenhuma disputa eleitoreira acirrada. É claro que teria uma divisória na disputa dos votos, afinal nosso estado com dimensões continentais é natural que na escolha o candidato de sua região de origem, terá sua preferência pela proximidade que os unem, Mas tudo transcorreu democraticamente num clima de paz. E A chapa vencedora foi empossada sem esboçar sequer uma palavra de comemoração. Vitoriosa, manteve sua postura com humildade como se eleita por unanimidade. Isto prova a maturidade dos escoteiros, muitos dos quais de cabelos esbranquiçados dentro do movimento no qual entraram como lobinhos. Ao encerrar a atividade o que se via era uma clima de confraternização e esperança. Pareceu-me o milagre do amanhecer a espera de um novo amanha quando o céu cingido pela aurora recebe suas nuanças multicores anunciando o nascimento do astro rei para o novo dia que vem galgando os horizontes ao nosso encontro!
Partimos de volta as nossas casas trazendo nas lembranças além do elevado grau de auto-estima que conquistamos no evento, á simpatia acolhedora da gente Parácatuense, os sabores de sua culinária e seus traços históricos cuja biografia entalhada pelos escravos, se eterniza tombada em seus casarões tricentenários!

“Oh Paracatu a ti que significa Rio Bom registramos a nossa gratidão”

Dedico esta singela Crônica aos Chefes Escoteiros
Nobres ícones do escotismo bondespachense:
(Vair Costa-- Gildásio Eustaquio Pinto—José Geraldo Costa— Henrique Martins)
Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 05/03/2013
Reeditado em 11/04/2014
Código do texto: T4172149
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