Nossos anônimos gestos de solidariedade de todos os dias.
Uma das situações urbanas que mais me emocionam acontece nas ruas de São Paulo, pra onde vou uma vez por semana por conta do meu trabalho.
Acontece quando vejo a ambulância do SAMU, de algum hospital ou do carro dos bombeiros, de sirene ligada no meio do trânsito maluco.
Os motoristas vão abrindo caminho com extrema agilidade, sem saber se tem, de fato, algum acidentado dentro.
Ou se estão indo resgastar alguém.
Quem sabe, vai saber, o motorista quer logo chegar em casa para assistir o capítulo da sua novela...
Abrem caminho quase por instinto e isso vale, rigorosamente para todos: do carro particular importado do último tipo ao "pois é" caindo aos pedaços (os mais "rodados" saberão o que isso significa).
Todos, sem exceção, fazem de tudo pra liberar a passagem, numa manifestação pura e gritante de solidariedade, anônima como deveriam ser atitudes como essa.
Confesso que, por vezes, esta cena faz meus olhos marejarem, pois comprovam que apesar de toda aspereza e frieza do nosso cotidiano, ainda somos capazes de ajudar alguém sem pedir nada em troca - seja quem for.
Curioso observar, também, a reação quando o carro que pede passagem é da polícia.
Também todos saem da frente com a mesma agilidade, mas o sentido é diferente do que ocorre com as ambulâncias e carros dos bombeiros.
Há o dever a ser cumprido de liberar o caminho, mas não sinto a mesma emoção, apesar de o carro policial poderá estar indo atender uma ocorrência, impedir algum assalto ou prender alguém em pleno delito.
É bonito testemunhar que somos um povo solidário, bacana e que cooperamos da melhor forma sempre que podemos.
Viva o povo brasileiro!
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