DO OUTRO LADO DO CORPO
Há mais de quinze anos venho estudando as características comportamentais das pessoas. Uso o meio público, como campo de observação. Observo nas ruas, nos clubes, nos lares, no trabalho, nas igrejas, nos restaurantes e em qualquer lugar onde haja um grupo de pessoas. Uso a metodologia de observação comportamental descritiva.
No afã de compreender o ser humano na sua diversidade social, bem como algumas das características individuais de cada ser humano, e por amostragem capto daqueles que por afinidade ou trabalho, eu tenho um convívio mais de perto.
Busco através da leitura, entender assuntos comportamentais e psíquicos da pessoa humana. Não foram poucos os textos acadêmicos, lidos e relidos tentando me aprimorar nesse vasto campo.
Escrevi um texto sobre este assunto e enviei a uma amiga escritora e ela me falou que estava ótimo, bem escrito, mas o tema é muito antigo, do tempo do Matusalém. Não há duvida, desde que o homem apareceu na terra, e foi denominado como ser humano, qualquer problema inerente à pessoa, passou a fazer parte do dia a dia do mundo.
Mas todo dia há gente que morre e há gente que nasce. As coisas se repetem ou não, e isto me envolve neste tema de tal forma, que não consigo viver sem as indagações, que faço a mim mesmo todos os dias.
A que ponto a pessoa humana pode chegar, para sobreviver neste mundo de seres sem limites? Sem limites sim, a pessoa humana pode tudo é só querer.
Talvez seja por esse motivo, que eu sou fascinado por pessoas, elas estão sempre nos surpreendendo, seja por um lado (o do bem) ou por outro (o do mal). O ser humano constitui a própria adversidade e nela se insere durante todo o tempo do seu caminhar terrestre.
Muitos lutam se esforçam para mudar comportamentos que não acham adequados, condizentes com o meio, com as outras pessoas, com a sociedade de modo geral. Acho porém, que a mudança não tem formula mágica. Ela só ocorre quando a pessoa quer mudar. Reeducar-se e reorganizar o comportamento parece-me o caminho ideal.
Não é fácil encontrar o melhor caminho para trilhar no nosso dia a dia. Depois de ler muito, descobri que uma das maneiras mais interessante nessa luta é recuarmos a nossas experiências familiares. Voltar ao tempo em que fomos crianças e averiguar o que realmente nos ocorreu.
Primeiramente vamos reexaminar as atitudes de nossos pais, em que meio estivemos inseridos: pais ditadores, religiosos, cumpridores dos seus deveres, conservadores, liberais, extremistas, opressores, precisamos relacionar os fatos que agregaram valores, tanto do lado bom, como do lado mau. Depois analisa-se o que herdou-se por cultura e por aprendizado.
A tendência do ser humano é polir os fatores físicos e psíquicos que carregou dos pais, melhorando em muito esses fatores no caminhar pela vida.
Eu comungo do modo como James redfield desenvolve em A Profecia Celestina o andamento desse processo: para descobrir sua verdadeira identidade espiritual envolve ver toda a sua vida como uma longa história, tentando encontrar um significado superior. Comece se fazendo a pergunta: por que nasci naquela determinada família? Qual teria sido o propósito disso?
Cada pessoa tem suas convicções e primam por elas. Como é comum o domínio de uns para com os outros, quase sempre essas convicções são levadas ao ser dominado e quando em criança, quase sempre somos a parte mais frágil nesse processo de construção do nosso super “EU” psíquico, da nossa essência espiritual.
Quando se teve pai e mãe presente na criação, extrai-se tudo o que de melhor herdou-se deles, o que não servir, o que se acha ser errado descarta-se. Daqui em diante começa o polimento dos valores extraídos, aplicando-os no decorrer do tempo e, aprimorando-os mais e mais a cada dia.
A partir dessa pesquisa você começará a buscar um sentido para sua vida, independentemente dos valores defendidos por seus genitores. Agora os novos valores descobertos e polidos, começarão a fazer sentido para você.
As questões interrogativas sempre virão, mas serão aplainadas ao devido tempo. O motivo pelo qual nasceu dela e dele, por que estava ali para aprender, por que conheceu alguém, como conheceu e quando conheceu. “todo ser humano, quer tenha consciência disso ou não, ilustra com sua vida a maneira como acha que um ser humano deve viver.”
Abolir comportamentos adquiridos no decorrer da nossa formação, como entes sociais são dificílimos, mas não são impossíveis.
No decorrer do nosso aprendizado, retemos e associamos a nossa conduta: a mentira, a desonestidade, a maldade, a bondade, a crueldade, a generosidade, o interesse destrutivo, a falsidade, os malefícios e/ou os benefícios para a alma e o corpo, entre tantos outros que não me permitem descrever aqui. Saber separar o joio do trigo é a questão, nesse novo conhecer.
Ao final desta experiência pode-se vislumbrar o verdadeiro amor. O amor não conceitual, pois este não é intelectual, nem um imperativo moral. “É a emoção de fundo que existe quando alguém está ligado na energia que existe no universo, que, claro, é a energia de Deus.”
Rio, 19/02/2013
Feitosa dos santos
Há mais de quinze anos venho estudando as características comportamentais das pessoas. Uso o meio público, como campo de observação. Observo nas ruas, nos clubes, nos lares, no trabalho, nas igrejas, nos restaurantes e em qualquer lugar onde haja um grupo de pessoas. Uso a metodologia de observação comportamental descritiva.
No afã de compreender o ser humano na sua diversidade social, bem como algumas das características individuais de cada ser humano, e por amostragem capto daqueles que por afinidade ou trabalho, eu tenho um convívio mais de perto.
Busco através da leitura, entender assuntos comportamentais e psíquicos da pessoa humana. Não foram poucos os textos acadêmicos, lidos e relidos tentando me aprimorar nesse vasto campo.
Escrevi um texto sobre este assunto e enviei a uma amiga escritora e ela me falou que estava ótimo, bem escrito, mas o tema é muito antigo, do tempo do Matusalém. Não há duvida, desde que o homem apareceu na terra, e foi denominado como ser humano, qualquer problema inerente à pessoa, passou a fazer parte do dia a dia do mundo.
Mas todo dia há gente que morre e há gente que nasce. As coisas se repetem ou não, e isto me envolve neste tema de tal forma, que não consigo viver sem as indagações, que faço a mim mesmo todos os dias.
A que ponto a pessoa humana pode chegar, para sobreviver neste mundo de seres sem limites? Sem limites sim, a pessoa humana pode tudo é só querer.
Talvez seja por esse motivo, que eu sou fascinado por pessoas, elas estão sempre nos surpreendendo, seja por um lado (o do bem) ou por outro (o do mal). O ser humano constitui a própria adversidade e nela se insere durante todo o tempo do seu caminhar terrestre.
Muitos lutam se esforçam para mudar comportamentos que não acham adequados, condizentes com o meio, com as outras pessoas, com a sociedade de modo geral. Acho porém, que a mudança não tem formula mágica. Ela só ocorre quando a pessoa quer mudar. Reeducar-se e reorganizar o comportamento parece-me o caminho ideal.
Não é fácil encontrar o melhor caminho para trilhar no nosso dia a dia. Depois de ler muito, descobri que uma das maneiras mais interessante nessa luta é recuarmos a nossas experiências familiares. Voltar ao tempo em que fomos crianças e averiguar o que realmente nos ocorreu.
Primeiramente vamos reexaminar as atitudes de nossos pais, em que meio estivemos inseridos: pais ditadores, religiosos, cumpridores dos seus deveres, conservadores, liberais, extremistas, opressores, precisamos relacionar os fatos que agregaram valores, tanto do lado bom, como do lado mau. Depois analisa-se o que herdou-se por cultura e por aprendizado.
A tendência do ser humano é polir os fatores físicos e psíquicos que carregou dos pais, melhorando em muito esses fatores no caminhar pela vida.
Eu comungo do modo como James redfield desenvolve em A Profecia Celestina o andamento desse processo: para descobrir sua verdadeira identidade espiritual envolve ver toda a sua vida como uma longa história, tentando encontrar um significado superior. Comece se fazendo a pergunta: por que nasci naquela determinada família? Qual teria sido o propósito disso?
Cada pessoa tem suas convicções e primam por elas. Como é comum o domínio de uns para com os outros, quase sempre essas convicções são levadas ao ser dominado e quando em criança, quase sempre somos a parte mais frágil nesse processo de construção do nosso super “EU” psíquico, da nossa essência espiritual.
Quando se teve pai e mãe presente na criação, extrai-se tudo o que de melhor herdou-se deles, o que não servir, o que se acha ser errado descarta-se. Daqui em diante começa o polimento dos valores extraídos, aplicando-os no decorrer do tempo e, aprimorando-os mais e mais a cada dia.
A partir dessa pesquisa você começará a buscar um sentido para sua vida, independentemente dos valores defendidos por seus genitores. Agora os novos valores descobertos e polidos, começarão a fazer sentido para você.
As questões interrogativas sempre virão, mas serão aplainadas ao devido tempo. O motivo pelo qual nasceu dela e dele, por que estava ali para aprender, por que conheceu alguém, como conheceu e quando conheceu. “todo ser humano, quer tenha consciência disso ou não, ilustra com sua vida a maneira como acha que um ser humano deve viver.”
Abolir comportamentos adquiridos no decorrer da nossa formação, como entes sociais são dificílimos, mas não são impossíveis.
No decorrer do nosso aprendizado, retemos e associamos a nossa conduta: a mentira, a desonestidade, a maldade, a bondade, a crueldade, a generosidade, o interesse destrutivo, a falsidade, os malefícios e/ou os benefícios para a alma e o corpo, entre tantos outros que não me permitem descrever aqui. Saber separar o joio do trigo é a questão, nesse novo conhecer.
Ao final desta experiência pode-se vislumbrar o verdadeiro amor. O amor não conceitual, pois este não é intelectual, nem um imperativo moral. “É a emoção de fundo que existe quando alguém está ligado na energia que existe no universo, que, claro, é a energia de Deus.”
Rio, 19/02/2013
Feitosa dos santos