A divisão.
“Uma antiga relíquia.”
 
Como eu queria nascer de novo, e voltar para uma época, em que o meu corpo não pedia reparos. Tateava caminhos na clareza de não deixar, o mínimo vestígio. No entanto aqui estou, com um punhado de leitores, que gosta quando eu escrevo crônicas que falem das memórias de um passado de risos ou de dor.
A vida! Ela é estranha, vai deixando tudo para trás. Examina nossos passos sem a gente imaginar, o tamanho do quebra-cabeça que vai ficando.
Cheguei a minha melhor idade, e me juntei a informações, que muitas vezes a minha cabeça não entende, e repara, como é difícil viver, nesta comunidade. Muitas vezes sem saber como agir, sigo do meu jeito, e tento escrever sem nenhum constrangimento. Então, tento ser uma mulher independente. “Nas minhas inspirações.” Pois me sinto a vontade para fazer isto, mas, no entanto tenho saudades de uma época que eu vivia mais feliz. Pois ao lado dos meus pais, tinha meus irmãos pequeninos, e um lindo gatinho e um cachorrinho.
E assim das dificuldades criadas, sentada ali no chão da terra, brincava com as minhas bonequinhas feitas de papeis, desenhadas pelas mãos de minha irmã, CELIA LUIZA.
Nesta casa havia um gigante, que tomava seu rebanho, a rugir do lado de fora, pra proteger seus filhinhos. Na verdade, este era o meu pai. Que segurava a minha mão quando doente eu ficava. E assim numa conversa e outra ele dizia: “Um dia você vai crescer, de um jeito que nunca imaginou ser. Terás sonhos deslumbrantes, do tipo de grandes ideias.” Então a menina cresceu, e se tornou uma mulher e se viu de repente refletida no espelho, a imagem da experiência que desejava. “No quanto esta vovó, é feliz.” O passado, muitas vezes nos faz falta, por conta dos amigos que já se foram. Isto para mim com certeza. Mas fiz questão de confundir um pouquinho está “prosa.” E por mais que surpreendam. Eu acreditei nas palavras de “Papai.” Durante uma noite. Ele refletiu no escuro do meu quarto, do jeito que eu o conhecia. O seu rosto papai, sereno me olhava como a me perguntar; Como esta minha filha! E assim, tento voltar, naquela época, e com mais clareza, posso perceber. Que as expectativas da vida, é você aceitar o que ela impõe. “A divisão de uma antiga relíquia.” O seu passado com o seu tesouro atual, que é um habitar, bastante limitado. Como um pássaro que afirma a imigrar nas mais altas nuvens. Onde os momentos se fundem, numa serena ausência feliz e plena, na chegada, sem despedida. E assim, neste rodízio do tempo, eu sou a claridade, que contempla caminhos adormecidos, sobre um lindo céu estrelado.  

Neire Lú 07/02/2013
 
Neire Lú
Enviado por Neire Lú em 07/02/2013
Reeditado em 07/02/2013
Código do texto: T4128354
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