AVISO: O texto abaixo não expressa nenhuma forma de preconceito ou desrespeito com a opção religiosa de ninguém, pretende sim uma reflexão, de uma forma descontraída, a respeito da banalização pela qual vem passando a religião e despertar as pessoas para mudar essa realidade.

Se Jesus voltar - reeditado
 
Acho que Ele não iria nesses imensos templos milionários e nem naqueles pequenos templos barulhentos das periferias.
Jesus também não iria comprar horários na TV e no rádio.
Jesus não iria te condenar por pensar diferente, afinal ele parecia acolher todos os diferentes na sociedade de sua época.
Jesus talvez até já possa ter vindo e ninguém o viu.
E Jesus com certeza não cobrou nada de ninguém, não vendeu livros, revistas, CD´s ou camisas “I Love Jesus Crist”.
Jesus talvez até já tenha ido lá em casa e eu nem percebi, ou talvez ele vá lá um dia desses prosear um pouco.
Pois é, se Jesus voltasse hoje acho que ninguém o reconheceria.
Aliás, se Jesus voltasse hoje dariam um jeito de sumir rapidinho com ele, acho que ninguém aguentaria um sujeito saindo por aí questionando tudo e dizendo que todos são iguais, tem os mesmos direitos e podem ir ao Pai sem precisar de intermediários.
É, acho que hoje Jesus também seria crucificado.
 
 
JESUS HOJE
(para pensar um pouco)
 
Pedro e Jesus andavam pela cidade, Pedro era pescador e não estava acostumado com o clima urbano, em certo momento ele vê uma grande construção, parecia um templo religioso, e diz a Jesus:
- Olhe mestre. Que edifício magnifico! E veja, é dedicado a Deus, e há uma multidão entrando. Vamos lá mestre.
- Não Pedro, me disseram que tem uma festa de casamento rolando aqui perto, minha mãe está louca para que eu vá, caso acabe a bebida.  Você sabe como é a dona Maria, minha santa mãezinha.
- Mas Senhor, vai deixar de ir à casa de Deus para ir a uma festa?
- Ora Pedro, isso aí não é casa de Deus coisa nenhuma!
- Como pode dizer isso Mestre?
- Não vê que eles estão vendendo CD´s, livros, revistas, indulgências e tudo mais? Ora Pedro, a casa de meu Pai não é casa de comércio.
- É Mestre, até que o Senhor está certo. Mas o Senhor não acha que eles usam o dinheiro para as obras de Deus? – disse o todo orgulhoso Pedro.
- Isso não é necessário Pedro, Deus não precisa do seu dinheiro.
- Mas Mestre, está na Palavra do Senhor, as pessoas devem deixar as ofertas, pagar o dízimo...
- Pedro, Pedro, pois eu digo: dê a Deus o que é de Deus e dê a Cesar o que é de Cesar, Deus quer você, não seu dinheiro. Agora vamos, senão vamos nos atrasar.
Mas eles acabaram sendo reconhecidos por alguém do templo, um homem todo paramentado, que foi até eles:
- Jesus! Eu não acredito! Venha, visite a casa do Senhor!
- Desculpa, mas estou atrasado. Eu e Pedro vamos a uma festa.
- Festa? Como? O Senhor prefere se misturar a pessoas mundanas a se juntar a seu rebanho?
- Ei, nunca te disseram que o médico é para os doentes e não para os sãos? Lá eu serei mais útil. Além do mais quero dançar um pouco. Vamos Pedro.
- Quer saber – disse o religioso – acho que vocês não passam de impostores, uns filhos do Diabo!
Jesus não se conteve e deu um murro no sujeito acertando um lado de sua cara e depois disse a Pedro:
- Agora bate você do outro lado Pedro.
Pedro obedeceu e bateu também.
O religioso saiu dali praguejando contra os dois.
- Por que pediu para que eu também batesse Mestre? – questionou Pedro.
- Ele tinha que aprender a dar a outra face Pedro. Além do mais ele falou mal de Papai.
Pedro e Jesus continuaram seu caminho. Como estavam atrasados, Jesus decidiu cortar caminho pelo rio e foi andando por sobre as aguas, mas teve que voltar várias vezes para buscar Pedro, que sempre afundava por causa de sua pouca fé.
Luciano Silva Vieira
Enviado por Luciano Silva Vieira em 06/02/2013
Reeditado em 06/02/2013
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