Uma ingratidão de um filho...
Uma ingratidão de um filho...
Theo Padilha
Quase todo mundo é escritor. É bem verdade que uns não colocam suas histórias no papel, ou por falta de técnica ou por medo de críticas. Alguém, sabiamente, disse: “Ainda que seja tão casto como a neve, não escaparás da crítica!”
Havia um menino que cresceu num lar onde era muito mimado. Ele tinha mais irmãos e irmãs, só que era o preferido de sua mãe. Sua mãe sempre corria para a escola brigar com os professores que tentavam corrigir aquela criança. E tudo que fazia de errado era perdoado pela mãe. O pai, um coitado não gostava de interferir. E o menino se tornou um capeta em forma de guri.
− Meu filhinho não, ele não fez nada o coitadinho! – sempre respondia sua mãe. E assim foi, até que um dia, seu menino virou um pequeno marginal. Sempre dando trabalho para a polícia e para o Conselho Tutelar. Caiu nas drogas. E mesmo assim ainda recebia as adulações da mãe. O garoto cresceu no meio dos bandidos. E um dia após um assalto a banco ele foi preso. Correram avisar sua velha mãe, que seu filho estava na cadeia da cidade. Mais que depressa a pobre mulher correu para lá. Falou com os policiais e então pode visitar o filho. Com a cela fechada. Quando ela chegou às grades para beijá-lo, ele estava enfurecido. Agarrou a mãe pelo pescoço e numa dentada selvagem arrancou o nariz de sua mãe com uma possante mordida. Ela ainda assim, em prantos perguntou:
− Por que me agride assim?
O bandido respondeu:
− Isso é pela educação que a senhora deixou de me dar. Só soube me adular!
Imediatamente o soldado que a acompanhava, atirou naquele filho ingrato, tombando-o no chão daquele presídio.
Existem pessoas que não merecem proteção. Nem da mãe. Nem de ninguém. Veja você meu caro leitor o cuidado que se deve dar a maneira correta de educar.
Joaquim Távora, 28 de dezembro de 2012. All the rigths by Theo Padilha™ communications.