UMOR
Fazer poesia é ser inteligência com sensibilidade; fazer piada é ser inteligente sem sensibilidade.
Não dá outra, nós só rimos de tragédias. Ninguém é capaz de sorrir e zombar do que é belo. E essa tragédia engraçada é simplesmente uma fuga dos padrões normais. Seja uma fuga do padrão da estética, do comportamento, da etnia, ou das relações conjugais e pessoais: é a queda no meio da rua, as roupas do Supla, Marquito, a sogra, a irmã brincalhona o Joãozinho...
Uma pessoa linda é só linda e encantadora; já uma pessoa muito feia, só o fato de ela ser feia, faz com que ela se torne sempre muito engraçada. Infelizmente é assim. Dai, comediantes fazendo piadas sobre negros, gays, mulheres, judeus, Vanessa Camargo, mulher feia... De preconceito isso não tem nada.
Querem, na verdade, inventar controles, padrões e vigilância da expressão, ao mesmo tempo que a Constituição Federal assegura a própria "liberdade de expressão". Fazer piada de loira ou gente gorda não significa discriminá-los, mas sim expressar um direito de fazer sorrir. Eu, por exemplo, até os meus 16 anos de idade, era obeso. Me zoavam pacas e nunca entendi aquilo como "bullying", mas como simples expressão de brincadeiras. O humor vem sendo assassinado pela fiscalização do politicamente correto. Ora essa, vai se danar! Fingimento... Puro fingimento e notório complexo de inferioridade.
Sendo assim, o que percebo são pessoas com uma autoestima baixa de doer querendo encontrar desculpas para serem afagadas. O maior objetivo do "coitadinho" e ser adulado. Essa é a lógica do '"politicamente correto". Fruto direto da cultura esquerdista.
Devemos entender que, a piada é só um retrato social que o comediante faz com uma alta dose de inteligência, sarcasmo, sadismo, paródia ou ironia. A meu ver, nada demais! Muita ivenção de maldades, isso sim!
O fato é, se a piada se provoca o riso, está valendo! Crucificar um comediante que faz piada com negro ou gay e dizer que ele é preconceituoso é querer encontrar um único culpado para um preconceito que é social. Caso sério! Uma nova forma de mordaça.
Oxente!, querer demonizar Rafinha Bastos ou Danilo Gentili porque eles são “politicamente incorretos”, tenha santa paciência!
Se for assim, finado Mussum, de “Os Trapalhões”, mulato tição, que fazia piadas sobre negros, então, era o quê?
Processar comediante porque fez piada com negro, gay, mulher, aleijado, cego, surdo, mudo etc. é uma forma de censurar. De modo que, eles não fazem estas piadas pro povo que está em fila de banco, padaria, mercado, posto de gasolina... Eles fazem piada em um espaço próprio pra isso: circo, “stand up comedy”, programas de humor, teatro... É diferente. Bem diferente.
Eu tenho amigo negro e o chamo de macaco, pneu de fusca e outros adjetivos carinhosos; não preconceituosos e, nem por isso, ele se ofende. Tenho amigos gays que os chamo de Barbbie, Boneca, Lolita, Perigosa... E, também, nem por isso eles se ofendem.
A discriminação existe. Só que, em muitos casos, querem achar discriminação onde não há. Querem UM culpado só pra mostrar que estão punindo alguém, mesmo que esse alguém não tenha culpa alguma. Mas isso não me assusta, é da grandessíssima essência da nova esquerda atuar culturalmente dessa forma.
Pesquisem o que é o pensamento de Antônio Gramsci, bem como o que é o marxismo cultural. Em uma pesquisa rápida pela internet já dá pra se ter uma noção e já é alguma coisa. Mas querendo se aprofundar, melhor ainda.
Infelizmente, queira ou não, toda a sociedade é – sejam algumas pessoas mais, sejam outras menos - preconceituosa com essas classes. Portanto, o comediante só tira um sarro da situação que já existe e a forma como é enraizada no contexto social. Às vezes, ou melhor, na maioria das vezes, ele até discorda daquilo que é motivo de sua piada, porém é engraçada.
No dia que alguém conseguir sorrir da beleza do Paulo Zulu ou da Malu Mader, eu me calo e concordo com a porrada de processos que são movidos contra humoristas e comediantes... Ora essa! O povo, inclusive os juízes que adoram condenar comediantes, sorriem do Tião Macalé, porra! Sorriem do Canarinho de “A Praça é Nossa”, da Janete do “Zorra Total”, da Filomena da “Escolinha do Professor não sei que lá” e das inúmeras feiuras, ridicularidades e catástrofes toleráveis de lágrimas que nos envolve socialmente num contexto cotidiano.
Hipocrisia do caralho!
É paradoxal, mas as pessoas só acham graça da desgraça.
Piada não é opinião, é diversão!
Eu aposto como, no início do texto, vocês deram uma risadinha básica por eu ter escrito "UMOR" sem "H".
O erro é sempre mais engraçado.
kkk...