Bar da Esquina

Domingo, 22h30, filme na tv, sanduiche, nada mais pra fazer, até uma mensagem no celular aparecer, uma amiga, um taxi, um bar de esquina, Oh Glória em sua Vila Rica não durou 1hora, saideira sem beber, conta sem comer, já era tarde mas o cheiro de feira ainda estava no ar, outro bar, pé sujo, em poucos segundos mais uma saideira, amigos cansados, na rua nem os ratos tinham mais força pra correr, bueiros, cinzeiros, e o cigarro queimava enquanto o rufante entretia, entre a fumaça disfarçavam os infantes, água, sabão, mais um bar com portas no chão, ainda não era dia...e na esquina o que salva é a vitrine do alimento de cada dia… pão, de queijo, abraços, beijos, namorados sorrindo, prazer sou seu vizinho, despedida de amigos, e sobra a sabedoria das novas idosas companheiras, van infame filosofia de um governo, salve Dilma, do petróleo vidas escorrem, na sarjeta heróis anônimos, na gaveta os homônimos, na banca a manchete, parem o preto, de colarinho branco, foi eleito, preso o povo na rotina, o sol nascendo, fraco, encoberto por núvens, chuva fina, talvez lágrimas de saudade de um dia que quero repetir, improvisada e inesperada aventura, foi muito bom a companhia de novas descobertas, rua deserta, passos descompromissados em rumo ao novo dia, portão, porta, janela, revela um novo abraço, sincero o sorriso de criança, maior idade, responsabilidades, sigo em frente até o próximo, Domingo…

-Ei, você esqueceu a gorjeta!

-…!