NADA DE NOVO


 
          O ano velho termina e um novo ano começa. Nossa meta a mesma, realizar sonhos e assim alcançar felicidade.
       A princípio tudo parece ser fácil, já demos o primeiro passo para a realização de alguns ideais,  como por exemplo; comprar carro novo, a sonhada casa própria, conseguir um emprego, etc.
       Com o passar dos dias tentamos satisfazer nosso ego, repetindo o que desejaríamos realizar neste novo tempo, mas aos poucos percebemos a rapidez com que o tempo passa tornando clara nossa incapacidade e o quanto é difícil mudar tudo de um ano para outro apenas pelo simples fato de estarmos entrando em uma nova era, mas como todos nós sabemos igualzinho a que passou.
       Os meses entram em nossas vidas e tudo vai se tornando rotineiro. Ouvimos sobre catástrofes naturais, sobre a batalha perdida contra as drogas, acidentes, doenças, mortes e o pior são quando são acontecimentos relacionados a pessoas de nosso convívio e que amamos.
       Sorrimos, choramos, protestamos durante o ano inteiro.
       A política continua a mesma droga. O congresso Nacional em ano de posse presidencial é substituído por outro pior, quando não continua o mesmo, dividindo o país em distintas classes sociais trazendo a tona uma clara exclusão de pessoas e tornando cada vez mais difícil a realização dos sonhos de milhares de trabalhadores.
       Um governo que não aprendeu a delegar os problemas na humanidade. Não só os governos dos países de segundo ou terceiro mundo, mas principalmente os que promovem as guerras.
       Aqui na minha cidade haverá queima de fogos a beira-mar, e essa será mais uma maneira de ludibriar a população vedando-lhes os olhos para as calamidades que podemos constatar em todos os setores públicos.
       Nos hospitais emergenciais, onde pessoas são mal assistidas quando não morrem a procura de atendimento médico.
       Escolas públicas desestruturadas, sem capacidade para atender as necessidades de crianças carentes. Professores mal remunerados, tornando cada vez mais difícil o convívio patrão empregados, levando-os a greves sem soluções.
       A segurança pública um desastre social, não conseguimos mais distinguir o policial do bandido, não temos mais em quem confiar.
       Semana passada meu filho foi abordado em frente de casa quando saia com um amigo. Fizeram busca de arma, um dos policiais vasculhou todo o carro em busca de algo para incriminá-lo e nada encontrando aproveitou a ocasião para subtrair de cima do banco do carro seu celular. Ficamos indignados com a situação, mas achamos melhor nada dizer ou fazer devido a violência de que tais pessoas são capazes.
       A humanidade está à beira de um caos ou porque não dizer dentro dele, imergida no individualismo onde o “eu” prevalece.
       O ano velho termina e um novo ano começa.
       Assim mesmo com toda  indignação, desejo a todos um feliz ano novo e na ocasião aproveito para convidar-los a orar a Deus pelo bem estar de todos..




 
Jorgely Alves Feitosa
Enviado por Jorgely Alves Feitosa em 08/12/2012
Reeditado em 19/10/2018
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