Sem pressa [crônicas de um amor verdadeiro parte 1 ]

Sem nada melhor para fazer nesses dias, ou melhor dizendo, com muitas coisas empilhadas, empoeiradas, livros precisando ser lidos e devolvidos, o caos de nossa santa vida moderna, resolvi dar uma pausa em tudo, simplesmente parei...

Tive a sensação de que tudo passava as pressas por mim, de que se não encontrasse um cantinho mais seguro da “calçada”, a modernidade iria me atropelar feio!!

Logo eu que sempre tive pressa, que sempre rói as unhas por causa da ansiedade, queria crescer logo, queria ser logo dona do meu nariz, queria minhas unhas cumpridas o mais rápido possível, para parecer uma mulher sensual, queria que chegasses logo, meu amor primeiro e eterno.

Quando o tempo das coisas chega, já não somos mais o mesmo, e pouco, ou nada mais importa.

Eu cresci, e ser dona do meu nariz foi algo imensamente complicado, temos que ter documentos que comprovem que nós, somos nós mesmos, e dinheiro pra pagar as nossas contas, estímulos pra se matar de estudar, passar num concurso e num vestibular, as unhas cresceram e apareceram, mas roí-as sem para, o primeiro amor demorou muito, muito a chegar, ele estava num cruzamento qualquer, onde nunca parei, onde nunca reparei.

Estivemos nos mesmos lugares, com pessoas diferentes, em um momento, sem mais nem menos o reparei, estava bem ali por perto, esquisitinho, concentrado, mas atraente e sensual.

Passaram sem dias, meses e numa trama sem igual à vida nos fez seguir...

Seguir juntos graças a Deus, e é tanto amor, tanta ternura, que vez por outra me faz parar, para pensar e agradecer, o quanto cresci, sem ser preciso correr, ou atropelar ninguém.

Janaina Cruz
Enviado por Janaina Cruz em 21/11/2012
Código do texto: T3997456
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