O Mensalão, ainda.
Muitas vezes lendo crônicas de outros autores penso:não sei por que não escrevi esta, estava em minha cabeça. Foi assim com a crônica de Danuza Leão na Folha de domingo (18/11).
Desde o início do julgamento do Mensalão sentimentos e pensamentos contraditórios têm me ocorrido com freqüência. José Dirceu foi para o banco dos réus e foi condenado a cumprir na prisão, penas por seus crimes de corrupção. José Dirceu foi um herói em minha juventude e eu não posso esquecer o quanto ele me motivou. Mas também não posso esquecer o quanto ele e seus companheiros me decepcionaram e envergonharam. (Aliás a crônica de Danuza se chama Vergonha).
Preciso que ele seja condenado para recuperar a confiança pelo menos em um dos Poderes Governamentais – o Judiciário. Mas não posso aceitar de coração leve que esse ex-herói vá para uma horrorosa cadeia comum desse Brasil. Aliás, não posso aceitar que existam cadeias horrorosas no Brasil. Tão horrorosas que o responsável máximo por elas, o Ministro da Justiça, tenha descoberto agora que é preferível morrer do que ser preso.E eu concordo com ele.
Não posso dizer que eu seja contra prisões. Alguns criminosos deveriam ser encarcerados para sempre em uma ilha deserta da qual fosse impossível fugir. Um pai que joga o corpo da filha pela janela, uma filha que incentiva seu namorado a matar seus pais, uma mulher que, além de matar, esquarteja seu marido e se livra do corpo colocando-o em malas, um popular esportista que seqüestra e desaparece com o corpo da mãe de seu filho sem deixar rastros, esses para mim não são gente. Nem animais. São monstros que usam a máscara de gente. Desses não tenho nenhuma pena. Seqüestradores, homicidas, estupradores, pedófilos chacineiros, assassinos em série e afins merecem ser afastados para sempre do convívio social porque nunca serão pessoas normais e dignas de confiança. Mas os crimes de colarinho branco deveriam ser punidos de outra forma, baseados na Lei de Talião. Devem-se lhes tirado o que mais amam – O Poder. Nunca mais poderem participar da vida pública do País, em nível nenhum. Nem um simples cargo de vereador e até síndico de condomínio. Não poderiam filiar-se a nenhum Partido Político, ocupar cargos nem empregos públicos, dar palpite na vida do pais, escrevendo ou falando. Usar dispositivo que mostrassem a sua localização, impedimento para viajar sem autorização e objetivo aprovado. Ostracismo total. Não poderiam dar entrevistas. O dinheiro desviado nem que tenha passado de raspão por seus bolsos, esse teria de ser devolvido todo, nem que fosse em pequenas prestações impagáveis, de acordo com seu novo nível econômico de vida.
Ainda bem que o pensar é livre e eu posso criar utopias em minha mente, mesmo sabendo que nunca serão alcançadas porque são utopias.Aliás, a grande liberdade é essa, a de Pensar.
Muitas vezes lendo crônicas de outros autores penso:não sei por que não escrevi esta, estava em minha cabeça. Foi assim com a crônica de Danuza Leão na Folha de domingo (18/11).
Desde o início do julgamento do Mensalão sentimentos e pensamentos contraditórios têm me ocorrido com freqüência. José Dirceu foi para o banco dos réus e foi condenado a cumprir na prisão, penas por seus crimes de corrupção. José Dirceu foi um herói em minha juventude e eu não posso esquecer o quanto ele me motivou. Mas também não posso esquecer o quanto ele e seus companheiros me decepcionaram e envergonharam. (Aliás a crônica de Danuza se chama Vergonha).
Preciso que ele seja condenado para recuperar a confiança pelo menos em um dos Poderes Governamentais – o Judiciário. Mas não posso aceitar de coração leve que esse ex-herói vá para uma horrorosa cadeia comum desse Brasil. Aliás, não posso aceitar que existam cadeias horrorosas no Brasil. Tão horrorosas que o responsável máximo por elas, o Ministro da Justiça, tenha descoberto agora que é preferível morrer do que ser preso.E eu concordo com ele.
Não posso dizer que eu seja contra prisões. Alguns criminosos deveriam ser encarcerados para sempre em uma ilha deserta da qual fosse impossível fugir. Um pai que joga o corpo da filha pela janela, uma filha que incentiva seu namorado a matar seus pais, uma mulher que, além de matar, esquarteja seu marido e se livra do corpo colocando-o em malas, um popular esportista que seqüestra e desaparece com o corpo da mãe de seu filho sem deixar rastros, esses para mim não são gente. Nem animais. São monstros que usam a máscara de gente. Desses não tenho nenhuma pena. Seqüestradores, homicidas, estupradores, pedófilos chacineiros, assassinos em série e afins merecem ser afastados para sempre do convívio social porque nunca serão pessoas normais e dignas de confiança. Mas os crimes de colarinho branco deveriam ser punidos de outra forma, baseados na Lei de Talião. Devem-se lhes tirado o que mais amam – O Poder. Nunca mais poderem participar da vida pública do País, em nível nenhum. Nem um simples cargo de vereador e até síndico de condomínio. Não poderiam filiar-se a nenhum Partido Político, ocupar cargos nem empregos públicos, dar palpite na vida do pais, escrevendo ou falando. Usar dispositivo que mostrassem a sua localização, impedimento para viajar sem autorização e objetivo aprovado. Ostracismo total. Não poderiam dar entrevistas. O dinheiro desviado nem que tenha passado de raspão por seus bolsos, esse teria de ser devolvido todo, nem que fosse em pequenas prestações impagáveis, de acordo com seu novo nível econômico de vida.
Ainda bem que o pensar é livre e eu posso criar utopias em minha mente, mesmo sabendo que nunca serão alcançadas porque são utopias.Aliás, a grande liberdade é essa, a de Pensar.