Amor é coisa pouca.
Os dois túneis que cruzam a cidade atravessam também seu coração um ritmo irreparável, sem culpa e sem noção alguma do que se passa ali dentro.
E se um dia Jorge decidir se virar e botar na balança, todos esses partidos, com uma memória tão curta e todos os amigos que o apoiaram nessa cidade irá perceber que não faz diferença alguma.E qual seria o preço disso tudo: os devaneios, abraços, beijos e as horas depositadas em todas essas pequenas viagens?
E o único sabor em jogo nessa brincadeira toda.É paixão, a atração pela carne.A carne como um todo, a carne como um ritmo só interrupta e inválida.
Só isso.
E já acompanha esses movimentos apartidários, que desembocam nos rios, em cada esquina da cidade.
Mas isso também já é coisa pouca.E seu seu ritmo desnorteado, as precauções e suscetivos desapontamentos irreparáveis.
A história já não é a mesma, porque nunca foi criada, sua ética estapafúrdia diante das mulheres que prostradas à sua frente esperavam a criteriosa resposta, o doce embasamento, para alimentar de uma só vez aquele peito que sufocava.
As palavras presas na cachola, e os lábios nunca prostrados