Novos tempos... Novos desafios!
Quem não se lembra das “bolinhas de gude”... Às tardes nos reuníamos em quatro ou cinco amigos e escolhíamos uma rua mais plana e com menos movimento para jogar bolinha a valer no triângulo, cada um casava uma, duas, três em fim quantas bolinhas fossem combinadas a valer, jogávamos até o anoitecer quando nossa mãe aos gritos nos chamava: _ Vem tomar banho fulano! Um a Um íamos saindo alguns tristes por estar perdendo outros alegres com os bolsos cheios de bolinhas das mais diversas cores e tamanhos... Lembro-me também do jogo de “bete”, uma bola de borracha de tamanho pequeno dois tacos de madeira, fazíamos dois círculos distantes uns cinqüenta metros um do outro onde disputávamos em dupla quem conseguia chegar ao número de pontos conforme combinação e normalmente ficavam várias duplas aguardando ansiosa a sua vez de jogar. Existia também o Finca-finca, um jogo que exigia muita habilidade, pois, o objetivo era jogar um material pontiagudo girando para bater fincado na terra, uma das formas era de jogar para acertar um determinado ponto marcado no chão e a outra forma era traçar linhas na tentativa de cercar o oponente.
Quem não já perdeu horas e horas tentando fazer uma pipa e depois voltar para casa, bravo por que a pipa se enroscou na rede elétrica ou em alguma árvore, existiam algumas brincadeiras mais brutas como o Garrafão este só quem apanhou dos amigos, dentro do garrafão sabe o que estou falando.
Estas e tantas outras brincadeiras fizeram parte da vida de muitos, pode-se dizer que elas moldaram a educação e o caráter de muitos adultos que hoje somos... Hoje não vemos mais estas brincadeiras, nossos filhos, nossos netos nem de longe imaginam como era a nossa infância, eles têm seu tempo ocupados em jogos de internet, e é possível observar que o uso de tabacos e bebidas alcoólicas está cada vez presente mais cedo na vida de nossos jovens, observamos a cada dia a droga se apoderando de nossa sociedade e nos sentimos impotentes frente aos fatos, a cada dia vemo-nos perdendo o controle sobre as atitudes de nossos jovens de forma precoce e incontrolável. E agora? O que fazer para minimizar o impacto negativo deste descontrole em nossa comunidade?
Para a nossa geração de Adultos é possível traçar um paralelo do que vivemos ontem e do que vivemos hoje e chegar a uma conclusão da diferença entre passado e presente. E nossos jovens? E quando chegarem à idade adulta?
É preciso que se desenvolvam formas de brincadeiras para nossas crianças que as induzam a primar por valores como respeito, e a valorizar as normas de convivência, pois, podemos ver que hoje a falta de respeito e o individualismo, estão nos distanciando mais e mais uns dos outros quando na verdade deveríamos nos completar. Para se preparar o futuro não se pode perder os princípios e as raízes!