"A VIDA É A VIDA E A MORTE É A MORTE"
Para quem não apenas ler a Bíblia, mas crer no que nela está escrito, não há livro mais completo nem melhor fonte de informação e resposta a seus questionamentos. Até para os que a procuram por mera curiosidade e objeto de “fundamentação histórica”, encontrará naquela reunião de livros um valiosíssimo acervo literário de todos os gêneros: poesia lírica e épica, prosa narrativa, descritiva e dissertativa, parábolas, contos, crônicas e cartas, sermões e prédicas, sabedoria, mitologia, admoestações e, principalmente, profecias.
A quem me ler não me é dado convencê-lo do que escrevo, tampouco sobre narração bíblica. Esta há de ser manifestação espontânea, consciente, e descoberta sob o efeito de alguma palavra. E não é sobre fé que estou a escrever, visto que ela é algo próprio. E, como tal, inquestionável. Mas tenho uma palavrinha tanto para o crente como para o incrédulo: mais vale um ateu de bom caráter do que um religioso hipócrita. Em meio a estes, há muitos escritores que, para escreverem os seus livros, mesmo não crendo, leram a bíblia e a ela fazem referência. Nietzsche, por exemplo.
Para quem não apenas ler a Bíblia, mas crer no que nela está escrito, não há livro mais completo nem melhor fonte de informação e resposta a seus questionamentos. Até para os que a procuram por mera curiosidade e objeto de “fundamentação histórica”, encontrará naquela reunião de livros um valiosíssimo acervo literário de todos os gêneros: poesia lírica e épica, prosa narrativa, descritiva e dissertativa, parábolas, contos, crônicas e cartas, sermões e prédicas, sabedoria, mitologia, admoestações e, principalmente, profecias.
A quem me ler não me é dado convencê-lo do que escrevo, tampouco sobre narração bíblica. Esta há de ser manifestação espontânea, consciente, e descoberta sob o efeito de alguma palavra. E não é sobre fé que estou a escrever, visto que ela é algo próprio. E, como tal, inquestionável. Mas tenho uma palavrinha tanto para o crente como para o incrédulo: mais vale um ateu de bom caráter do que um religioso hipócrita. Em meio a estes, há muitos escritores que, para escreverem os seus livros, mesmo não crendo, leram a bíblia e a ela fazem referência. Nietzsche, por exemplo.
Duas leituras particularmente chamam atenção na liturgia de hoje: Evangelho de João, 11, 20-21 (Narra a morte e ressurreição de Lázaro) da qual destaco: “Eu sou a ressurreição. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá. E quem vive e crê em mim, jamais morrerá”. A outra leitura é da Carta de Paulo aos Filipenses, 3, 20-21: “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos ansiosamente como Salvador o Senhor Jesus Cristo, que transfigurará nosso corpo humilhado, conformando-o ao seu corpo, pela força que lhe dá poder de submeter a si todas as coisas”.
Um desses escritores a que me referi no parágrafo anterior, dizia-se, ou pelo menos quis assim mostrar-se através de heterônimos, um panteísta: Fernando Pessoa. Quem o ler atentamente, haverá de encontrar lances de “espiritualidade” capazes de inquietar o diletantismo de muitos cristãos. Citam-se [PRECE] in O Eu Profundo e Reflexões in Os Outros Eus, a seguir transcritas:
Um desses escritores a que me referi no parágrafo anterior, dizia-se, ou pelo menos quis assim mostrar-se através de heterônimos, um panteísta: Fernando Pessoa. Quem o ler atentamente, haverá de encontrar lances de “espiritualidade” capazes de inquietar o diletantismo de muitos cristãos. Citam-se [PRECE] in O Eu Profundo e Reflexões in Os Outros Eus, a seguir transcritas:
“Viver é pertencer a outrem. Morrer é pertencer a outrem. Viver e morrer são a mesma coisa. Mas viver é pertencer a outrem de fora, e morrer é pertencer a outrem de dentro. As duas coisas assemelham-se, mas a vida é o lado de fora da morte. Por isso a vida é a vida e a morte é a morte, pois o lado de fora é sempre mais verdadeiro que o lado de dentro, tanto é que é o lado de fora que se vê.”