Avenida Brasil


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Fenômeno Global!
Segundo a própria emissora, mais de oitenta milhões de brasileiros e brasileiras, pararam diante da telinha da Globo para o encantador 'final feliz' de Avenida Brasil. O record de audiência extrapolou... rompeu fronteiras intercontinentais.
Nas redes sociais, nove entre dez comentários, referiam-se a respeito! Explica-se?
Talvez... lógico que a campanha da Globo 'do antes, durante e depois' do último capítulo, não foi apenas abusiva, foi muito contundente e contou com a paciência dos telespectadores.

Aliás, a melhor palavra a ser empregada, talvez seja 'PASSIVIDADE' ao invés de paciência. Sem nenhum demérito à arte cênica, ao desempenho da teledramaturgia, à cultura de massas. Apenas um breve repensar sobre a passividade da população diante da manipulação dos meios de comunicação de massas. Passividade diante do desrespeito à capacidade cognitiva dos seres humanos. Passividade diante da telinha, que não obstante, é incorporada como atitude convencional e, acaba por reproduzir-se no modo de agir das pessoas habitualmente. Sem dar-se conta, cotidianamente, diante de diversas situações, brasileiros e brasileiras, persuadidos pela opinião da Globo, omitem-se de pensar com suas próprias ideias, pior, acostumam-se a seguir o que os outros decidem sem questionar.

Passividade de oitenta milhões de pessoas que aceitam, passivamente, que lhe incutam padrões, valores, opiniões, modismos, posturas ético-cidadãs. Afinal, alguém já pensou, já definiu, basta aceitar. Fast food do pensar. Assim dispõe-se de mais tempo para não fazer nada, para curtir os prazeres da vida, hedonismo necessário, afinal, o capitalismo escolhe algumas formas de se alimentar...

Receber tudo pronto, sem pensar, sem aguçar curiosidade, sem trabalhar sua inteligência, sem exercer sua cidadania. Depois de um exaustivo dia de trabalho, quem não deseja jogar-se no sofá para relaxar? Para presa fácil, uma programação recheada de intencionalidade! De olho no contexto, alia-se ludicidade, drama, humor e bem estar às mensagens subliminares. Isto é sorrateiramente, formar opinião. Isto é dissiminar o senso comum, como cristalização da verdade. Isto é a homogeinização do pensar e do agir. O diferente além de perigoso, é ridículo. Como não comprar a calça da Carminha, como não pendurar os talheres da Nina no pescoço?

A rede Globo menospreza a capacidade cognoscente de seus telespectadores... No desfecho final um bode espiatório, um Judas assume todas as falcatruas e minimiza a responsabilidade da vilã principal que passou sete meses sendo incauta, injusta e cínica. Nem Freud explica, salvo os interesses da distinta emissora: concentração do poder, do ibope, da alienação, mantendo o domínio das massas. Desta forma é muito tranquilo repassar informações tendenciosas, eleger o candidato que desejar, destruir a sigla partidária que lhe interessar, diabolizar este, endeuzar aquele... seguir o exemplo de justiça, afinal dessa vez, alguém até pagou por um crime indo parar na prisão. Ora, poupe-me!

Rede Globoooooo! Não é possível servir a dois senhores!
Continue a servir à elite, tentando manipular as massas, menosprezar a inteligência humana rumo à imbecialização coletiva...
Salve Jorge! Qual será a magnitude da sua produção?


Em tempo, o Ministério da Saúde adverte: 'consumir alimentos sem degluti-los, pode provocar indigestão!'

Gelci Agne
Enviado por Gelci Agne em 22/10/2012
Reeditado em 24/10/2012
Código do texto: T3946821
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