O SILÊNCIO DOS INOCENTES
Um amigo, professor aposentado de colégio militar, viu-me quieto e falou:
"O Hamilton hoje está quieto, tranquilo" e a forma como falou foi no sentido que eu estaria melhor aos olhos dele, quando na realidade eu estava achando chato a conversa que estava rolando.
Mas, ah, se a vida fosse tão simples e se as aparências dissessem o que se passa realmente no nosso intimo!
Ledo engano da parte dele.
Muitas vezes estamos quietos na aparência, mas não é o que está acontecendo no nosso intimo; por outras vezes podemos estar falando mais que normalmente e ao mesmo tempo estarmos nos sentindo silenciosos interiormente.
Mas uma coisa deveria ser fundamental na nossa vida:
O aprimoramento, no sentindo espiritual, no sentido de adquirir nobreza de espírito, tanto no falar, como no ouvir.
A vida deveria ser simples e mais silenciosa, realmente, mas voltarmos à esta simplicidade nos exige muitos esforços e deve-se contar nos dedos os seres humanos que hoje na Terra o possuam realmente.
O dissernimento entre o momento de silênciar e o de expor as nossas idéias.
Uma pessoa quieta pode estar muito longe do verdadeiro silêncio, que só existe quando o intimo está apaziguado, sem mais possibilidades de ser alterado por fatores externos.
Mas o caminho para este silêncio não se encontra no recolhimento forçado, não necessariamente no retraimento, muito pelo contrario, está muito mais no meio das multidões.
Um viciado só está livre do vício quando, mesmo tendo um quilo da droga do lado, esta não tem mais influência sobre ele.
Muitos conheceram silêncios absurdamente opressivos, silêncios rodeado de escuridões e medos, também tem o silêncio dos culpados; o silêncio dos que travam quando gostariam de terem falado, ou o dos letárgicos inocentes sem forças de colocarem as suas idéias e se calam.
Quem saiu (ou luta para sair) do silêncio lúgubre causado pela opressão de uma humanidade errante, sabe o que é estar encostado na parede, pois deixou-se aprisionar e depois tem que desenvolver forças para voltar ao meio que lhe parece tão hostil e levar a sua vida.
Tem que lutar contra este silêncio imobilizante que sente como opressivo, e ir se fortalecer na luta e vencê-lo.
É no campo da batalha que se aprende. E se queremos conquistar o verdadeiro “silêncio” primeiro temos que conhecer o seu oposto e nos tornarmos imunes a ele.
Temos que aprender a conviver com todas as facetas, com todas as opiniões, com todo o adverso, com todo o contraditório, com todas as más vontades, com todas as invejas, com todas a perfídias e não mais vociferarmos ou nos afetarmos com nenhum destes fatos.
Lutar sim, pelo correto, mas sem perdermos a nossa paz por isso.
Afinal nós não temos o direito de sermos juízes de ninguéma, mas podemos e devemos ser aprendizes de nós mesmos. O que nos diz respeito já é muito.
E quando isso acontecer sentiremos o silêncio na nossa alma, mesmo estando na maior balburdia ou em meio a conversas desestimulantes.
"Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo' Roselis von Sass – www.graal.org.br
www.hserpa.prosaeverso.net
Um amigo, professor aposentado de colégio militar, viu-me quieto e falou:
"O Hamilton hoje está quieto, tranquilo" e a forma como falou foi no sentido que eu estaria melhor aos olhos dele, quando na realidade eu estava achando chato a conversa que estava rolando.
Mas, ah, se a vida fosse tão simples e se as aparências dissessem o que se passa realmente no nosso intimo!
Ledo engano da parte dele.
Muitas vezes estamos quietos na aparência, mas não é o que está acontecendo no nosso intimo; por outras vezes podemos estar falando mais que normalmente e ao mesmo tempo estarmos nos sentindo silenciosos interiormente.
Mas uma coisa deveria ser fundamental na nossa vida:
O aprimoramento, no sentindo espiritual, no sentido de adquirir nobreza de espírito, tanto no falar, como no ouvir.
A vida deveria ser simples e mais silenciosa, realmente, mas voltarmos à esta simplicidade nos exige muitos esforços e deve-se contar nos dedos os seres humanos que hoje na Terra o possuam realmente.
O dissernimento entre o momento de silênciar e o de expor as nossas idéias.
Uma pessoa quieta pode estar muito longe do verdadeiro silêncio, que só existe quando o intimo está apaziguado, sem mais possibilidades de ser alterado por fatores externos.
Mas o caminho para este silêncio não se encontra no recolhimento forçado, não necessariamente no retraimento, muito pelo contrario, está muito mais no meio das multidões.
Um viciado só está livre do vício quando, mesmo tendo um quilo da droga do lado, esta não tem mais influência sobre ele.
Muitos conheceram silêncios absurdamente opressivos, silêncios rodeado de escuridões e medos, também tem o silêncio dos culpados; o silêncio dos que travam quando gostariam de terem falado, ou o dos letárgicos inocentes sem forças de colocarem as suas idéias e se calam.
Quem saiu (ou luta para sair) do silêncio lúgubre causado pela opressão de uma humanidade errante, sabe o que é estar encostado na parede, pois deixou-se aprisionar e depois tem que desenvolver forças para voltar ao meio que lhe parece tão hostil e levar a sua vida.
Tem que lutar contra este silêncio imobilizante que sente como opressivo, e ir se fortalecer na luta e vencê-lo.
É no campo da batalha que se aprende. E se queremos conquistar o verdadeiro “silêncio” primeiro temos que conhecer o seu oposto e nos tornarmos imunes a ele.
Temos que aprender a conviver com todas as facetas, com todas as opiniões, com todo o adverso, com todo o contraditório, com todas as más vontades, com todas as invejas, com todas a perfídias e não mais vociferarmos ou nos afetarmos com nenhum destes fatos.
Lutar sim, pelo correto, mas sem perdermos a nossa paz por isso.
Afinal nós não temos o direito de sermos juízes de ninguéma, mas podemos e devemos ser aprendizes de nós mesmos. O que nos diz respeito já é muito.
E quando isso acontecer sentiremos o silêncio na nossa alma, mesmo estando na maior balburdia ou em meio a conversas desestimulantes.
"Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo' Roselis von Sass – www.graal.org.br
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