POETRIX: PREGUIÇA MENTAL, BABOSEIRA... MERDA?!
Há uns dois anos conheci o poetrix. Jamais o tinha visto, mas apaixonei-me por ele. Assim, à primeira vista. Encantou-me essa forma de dizer tanto com tão poucas palavras. Porque um bom poetrix é assim. Faz pensar. Causa espanto, dor, alegria e admiração. Tudo isso em poucos segundos de leitura. Em trinta sílabas, ou menos. Essa capacidade de síntese me encantou. Não por ser o “poeminha da Internet”, como muitos o chamam. Mas porque me fascina o fato de dizer muito com poucas palavras. Isso, a meu ver, é uma demonstração de inteligência, de domínio da língua, de capacidade de se expressar de forma diferente, precisa e concisa. Quem escreve um poetrix (ou qualquer outra poesia) se expõe ao risco. Arrisca-se a que ninguém entenda. Ou que seja interpretado de forma completamente diferente da qual foi concebido. A essência de cada um depende, invariavelmente, da sensibilidade de quem o escreve. Mas isso é o que me fascina. A cada comentário, uma interpretação. Muitas delas eu nem havia pensado. Mas tem sentido ali, cabe direitinho no pequeno-grande contexto daquele meu poetrix.
Mas, durante esse tempo, leio muitas coisas sobre o poetrix que me deixam indignada. São muitos os que o menosprezam – a ele e aos seus adeptos. Chamam-no, desairosamente, de “palavras dispersas”, “três partes desconexas de palavras desiguais”, tratam-no desprezivelmente de “manual de eletrodoméstico” ou “bula de remédio” e até mesmo de “preguiça mental”. Atacam sem dó. Dizem que o poetrix nada fala. Que seus adeptos são poetas pouco inteligentes que usam, para compor seus tercetos, da “lei do menor esforço”. Já li até mesmo que os poetrixtas tomam injeção de vento no cérebro. Fazem alusão à preguiça porque foi criado e difundido no Brasil pelo poeta baiano Goulart Gomes. Já percebi aí que se trata de preconceito. Não sou baiana, apenas não sou preconceituosa. Pesquisei mais. Vi que é grande o número de combatentes desse gênero poético que tanto me encanta. Que me perdoem a sinceridade, mas acho que isso é inveja. São incapazes de praticar a arte da síntese na poesia e com ela, ao mesmo tempo, impressionar, surpreender, emocionar, ironizar, divertir, fazer pensar. Tudo isso em apenas trinta sílabas e três versos. Isso não é mesmo para qualquer um, não! Isso é para quem pensa, para quem consegue dominar a arte da síntese, para quem sabe concatenar pensamentos de forma rápida, precisa, concisa e irônica.
Mas, o principal motivo desse texto é o seguinte: um dia desses me surpreendi ao receber um email criticando de forma grosseira um poetrix que postei aqui e sobre o qual recebi vários comentários, todos de aprovação. Menos o dele. Trata-se de um poeta famoso aqui no Recanto. O nome dele? Não interessa. Mas o tal email dizia assim: “Beth Joy: muito me surpreende que perca seu tempo com essa merda de poetrix! Não vê que isso te desabona em relação aos grandes poetas? Vc escreve boas poesias! Pare com essa palhaçada que não te levará a nada! Essa idiotice de “poetrix” é para incompetentes! Quando parar de perder tempo publicando essas baboseiras eu voltarei à sua escrivaninha. Desculpe mas não resisti, tinha que dizer! Um abraço”.
Gente, onde fica a minha liberdade de expressão, minha vontade, meu gosto? Sabem o que eu respondi para ele? Deixei bem claro que ele não precisará nunca mais voltar à minha escrivaninha, pois continuarei SIM a escrever poetrix – ou ao menos tentar! Sim, pois sei que sou ainda uma mera aprendiz! Ainda tenho muito que caminhar até chegar onde desejo, mas acho o poetrix uma pérola, e quero cultivar essa pérola! Não deixarei que o desmereçam dessa forma! Não sou preguiçosa, não tomo injeção de vento na cabeça nem procuro a lei do menor esforço na hora de escrever! Para mim, quanto mais consigo passar minha mensagem, meu raciocínio em poucas palavras, é uma vitória maior! A prova disso é que meus amigos poetas do Recanto gostam, comentam e me incentivam!
Um recado ao “grande poeta”: se o senhor não gosta de poetrix, se o considera mísero e mesquinho, não os escreva, muito menos os leia! Há uma infinidade de modalidades poéticas das quais pode dispor para ler ou escrever! Não leia os meus poetrix, ora! Dispenso suas visitas e seus comentários ofensivos, debochados, maldosos e cheios de desdém! Há um antigo ditado que diz: ”quem desdenha quer comprar”. Será que no fundo o senhor não tem o desejo enrustido de escrever um poetrix que seja, unzinho só, e não tem capacidade para isso?? Viu? Viu como eu sei escrever bem mais que palavras dispersas em apenas três linhas desconexas?
*PS: Essa crônica (desculpem, mas resolvi classificá-la assim, mas fiquei meio sem saber se é, de fato, uma crônica), enviei ao distinto poeta por e-mail.
Há uns dois anos conheci o poetrix. Jamais o tinha visto, mas apaixonei-me por ele. Assim, à primeira vista. Encantou-me essa forma de dizer tanto com tão poucas palavras. Porque um bom poetrix é assim. Faz pensar. Causa espanto, dor, alegria e admiração. Tudo isso em poucos segundos de leitura. Em trinta sílabas, ou menos. Essa capacidade de síntese me encantou. Não por ser o “poeminha da Internet”, como muitos o chamam. Mas porque me fascina o fato de dizer muito com poucas palavras. Isso, a meu ver, é uma demonstração de inteligência, de domínio da língua, de capacidade de se expressar de forma diferente, precisa e concisa. Quem escreve um poetrix (ou qualquer outra poesia) se expõe ao risco. Arrisca-se a que ninguém entenda. Ou que seja interpretado de forma completamente diferente da qual foi concebido. A essência de cada um depende, invariavelmente, da sensibilidade de quem o escreve. Mas isso é o que me fascina. A cada comentário, uma interpretação. Muitas delas eu nem havia pensado. Mas tem sentido ali, cabe direitinho no pequeno-grande contexto daquele meu poetrix.
Mas, durante esse tempo, leio muitas coisas sobre o poetrix que me deixam indignada. São muitos os que o menosprezam – a ele e aos seus adeptos. Chamam-no, desairosamente, de “palavras dispersas”, “três partes desconexas de palavras desiguais”, tratam-no desprezivelmente de “manual de eletrodoméstico” ou “bula de remédio” e até mesmo de “preguiça mental”. Atacam sem dó. Dizem que o poetrix nada fala. Que seus adeptos são poetas pouco inteligentes que usam, para compor seus tercetos, da “lei do menor esforço”. Já li até mesmo que os poetrixtas tomam injeção de vento no cérebro. Fazem alusão à preguiça porque foi criado e difundido no Brasil pelo poeta baiano Goulart Gomes. Já percebi aí que se trata de preconceito. Não sou baiana, apenas não sou preconceituosa. Pesquisei mais. Vi que é grande o número de combatentes desse gênero poético que tanto me encanta. Que me perdoem a sinceridade, mas acho que isso é inveja. São incapazes de praticar a arte da síntese na poesia e com ela, ao mesmo tempo, impressionar, surpreender, emocionar, ironizar, divertir, fazer pensar. Tudo isso em apenas trinta sílabas e três versos. Isso não é mesmo para qualquer um, não! Isso é para quem pensa, para quem consegue dominar a arte da síntese, para quem sabe concatenar pensamentos de forma rápida, precisa, concisa e irônica.
Mas, o principal motivo desse texto é o seguinte: um dia desses me surpreendi ao receber um email criticando de forma grosseira um poetrix que postei aqui e sobre o qual recebi vários comentários, todos de aprovação. Menos o dele. Trata-se de um poeta famoso aqui no Recanto. O nome dele? Não interessa. Mas o tal email dizia assim: “Beth Joy: muito me surpreende que perca seu tempo com essa merda de poetrix! Não vê que isso te desabona em relação aos grandes poetas? Vc escreve boas poesias! Pare com essa palhaçada que não te levará a nada! Essa idiotice de “poetrix” é para incompetentes! Quando parar de perder tempo publicando essas baboseiras eu voltarei à sua escrivaninha. Desculpe mas não resisti, tinha que dizer! Um abraço”.
Gente, onde fica a minha liberdade de expressão, minha vontade, meu gosto? Sabem o que eu respondi para ele? Deixei bem claro que ele não precisará nunca mais voltar à minha escrivaninha, pois continuarei SIM a escrever poetrix – ou ao menos tentar! Sim, pois sei que sou ainda uma mera aprendiz! Ainda tenho muito que caminhar até chegar onde desejo, mas acho o poetrix uma pérola, e quero cultivar essa pérola! Não deixarei que o desmereçam dessa forma! Não sou preguiçosa, não tomo injeção de vento na cabeça nem procuro a lei do menor esforço na hora de escrever! Para mim, quanto mais consigo passar minha mensagem, meu raciocínio em poucas palavras, é uma vitória maior! A prova disso é que meus amigos poetas do Recanto gostam, comentam e me incentivam!
Um recado ao “grande poeta”: se o senhor não gosta de poetrix, se o considera mísero e mesquinho, não os escreva, muito menos os leia! Há uma infinidade de modalidades poéticas das quais pode dispor para ler ou escrever! Não leia os meus poetrix, ora! Dispenso suas visitas e seus comentários ofensivos, debochados, maldosos e cheios de desdém! Há um antigo ditado que diz: ”quem desdenha quer comprar”. Será que no fundo o senhor não tem o desejo enrustido de escrever um poetrix que seja, unzinho só, e não tem capacidade para isso?? Viu? Viu como eu sei escrever bem mais que palavras dispersas em apenas três linhas desconexas?
*PS: Essa crônica (desculpem, mas resolvi classificá-la assim, mas fiquei meio sem saber se é, de fato, uma crônica), enviei ao distinto poeta por e-mail.