O Menino Educado
O abalo sísmico do humano está na vontade de fazer as coisas acontecerem. Não nas de mandar ou ordenar. Quem 'tá nessa' de mandar, é porque deu uma rasteira no pai, se colocando como submetido. Manda, porque não obedece. E quando manda, não se submete. Por isso, peca justamente por está na linha ao lado de Deus. Inventou Deus, fica do lado dele, como guardas costas e lhe trai a todo instante. Lhe trai porque faz apenas aquilo que o chefe faria. Ou seja: ordena também! Ao invés de curtir, de viver a vida, sabendo está acompanhado, não! faz a reviravolta, pra não dizer revolta, se aliando a ele e não abrindo 'a guarda' pra nada. Torna as pessoas inimigas; se imagina acima da Lei. No fundo a questão é simples: o autoritário tem desejo de estar por cima. Quer porque quer ser melhor do que os outros. Tem semblante de sofisticado, mas no fundo é maldito. Perde tempo na vida, se engatando em encrencas. No fundo, criou um tribunal pra ele sozinho seguir. Resumindo: está desamparado e desacompanhado. O amor ao seu chefe, que na verdade é seu Pai, virou comportamento de filho bem comportado. Todo filho bem comportado, em geral, é o menino que não disputa, porque vive medrosamente perto do Pai. O falso amor, é na verdade um ódio, que costuma receber moralmente nomes pomposos: 'menino educado'; 'filho varão'; 'igual o pai'. No fundo, são elogios bobos e morais. É o parentesco familiar seguindo a linha bobo da 'herança familiar'. Quem está na onda de mandar, apenas está traindo aquilo que é caro na identificação com o pai: 'o amor'.