Dois coroas na balada
 

 
Nos tempos de estudante, quando estava com o fusquinha da família na Cidade Universitária, para evitar as ruas movimentadas de Pinheiros eu costumava cortar caminho. Passava então por um bairro residencial sossegado, cujas casas em sua maioria não eram grandes nem suntuosas. As ruas é que eram um tanto tortuosas e tinham nomes esquisitos, Girassol, Paulistânia, Aspicuelta, Harmonia, Purpurina, Delfina, Fidalga... Quase sempre eu me confundia. Anos mais tarde começaram a aparecer por ali alguns restaurantes. Depois, alguns bares que se tornaram da moda. Por fim outros e outros bares surgiram, até que o bairro se transformou em fervilhante local de lazer da rapaziada e de alguns mais velhinhos. A famosa Vila Madalena, na cidade de São Paulo.
 
Neste último sábado à noite lá estivemos, meu marido e eu com o filho que convocou os amigos para uma festa. Eu mal podia acreditar no que via. Imensa dificuldade para estacionar o carro, tudo lotado. Pelas ruas longa sequência de bares, um ao lado do outro, com mesinhas apinhadas de jovens calçada afora. Um mar de gente.
 
Além da vida noturna, durante o dia funciona de tudo por ali: ateliês, livrarias, exposições de arte, escolas de música e de teatro, feiras de artesanato. Parece que por lá também vive muita gente do meio artístico e outros descolados.